Tradição

Nota prévia: para um melhor conhecimento do canto sagrada na Igreja primitiva (o "proto-gregoriano"), recomendam-se os cursos presenciais com Monsenhor Alberto Turco.


«André, servidor [da família] de Deus, principal cantor da sacrossanta Igreja
Mertiliana, viveu 36 anos, descansou em paz no terceiro dia das calendas
de Abril da era [de César] de 560 e 3
», correspondente no nosso calendário
ao dia 30 de Março de 525 anno Domini. É o epitáfio do Cantor Andreas,
lápide do século VI d.C., encontrada na Basílica Paleo-Cristã de Mértola,
no Alentejo. Transcrição:


Arco duplo em ferradura assente sobre 2 colunas torsas com capitéis decorados
de tipo corintizante; d
entro do arco:
alfa crismon ómega.
ANDREAS FAMVLVS
DEI PRINCEPS CAN-
TORUM SACROSAN
CTE A[E]CLISIAE MER-
TILLIA[N]E VIXIT
ANNOS XXXVI
REQVIEVIT IN PA-
CE SUB D(IE) TERTEO
KAL(ENDAS) APRILES
AERA ∂LX TRI-
SIS
Alfa, cruz monogramática, ómega.
CH[...] (frase propiciatória)
Estão disponíveis na mais antiga Tradição da Igreja, as seguintes referências à música sacra, enquanto parte fundamental da liturgia e ofício próprio:
  • Santo Agostinho
    • "A música, isto é, a doutrina e a arte de bem modular, como anúncio de grandes coisas foi concedida pela divina liberalidade aos mortais dotados de alma racional". In Epist.161, De origine animae hominis, l, 2; PL 33, 725.
    • Falando dos cânticos "executados com voz límpida e com modulações apropriadas", assim se exprime o Padre da Igreja: "Sinto que as nossas almas se elevam na chama da piedade com um ardor e uma devoção maior por efeito daquelas santas palavras quando elas são acompanhadas pelo canto, e todos os diversos sentimentos do nosso espírito acham no canto uma sua modulação própria, que os desperta por força de não sei que relação oculta e íntima". Confess., 1. X, c. 33, PL 32, 799ss.
Musica Em Santo Agostinho

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