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segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Bernard Ycart | Oficina Polifónica

A Academia dos Nocturnos em colaboração com a editora Ars Hispana publicaram um competentíssimo CD com a gravação integral do reportório polifónico composto pelo Padre Bernardo Ycart. 

A direcção, assim como uma das vozes, é do mestre Isaac Alonso de Molina, que leccionará em Madrid no próximo mês de Novembro uma oficina sobre polifonia renascentista que se poderá frequentar em pessoa ou em linha.


quarta-feira, 4 de março de 2020

I Jornada de Canto Gregoriano da Paróquia de São Nicolau

(evento no Facebook)

QUANDO E ONDE?
25 de abril de 2020, das 9h às 19h, na igreja de São Nicolau, na Baixa de Lisboa.

PORQUÊ PARTICIPAR?
Concílio Vaticano II, Constituição Conciliar Sacrosanctum concilium sobre a Sagrada Liturgia:
«Os (...) elementos do grupo coral desempenham também um autêntico ministério litúrgico. Exerçam, pois, o seu múnus com piedade autêntica e do modo que convém a tão grande ministério (...). É, pois, necessário imbuí-los de espírito litúrgico (...) e formá-los para executarem perfeita e ordenadamente a parte que lhes compete.» (n.º 29)
«Deve conservar-se o uso do latim nos ritos latinos». (n.º 36)
«A Igreja reconhece como canto próprio da liturgia romana o canto gregoriano; terá este, por isso, na ação litúrgica, em igualdade de circunstâncias, o primeiro lugar.» (nº 116).

O QUE ESPERAR?
Um dia intensivo de aulas teórico-práticas sobre canto gregoriano na liturgia católica.
Em concreto, os formandos aprenderão a definição do que seja o canto gregoriano, a pronúncia da língua latina e algum vocabulário, aspectos normativos e magisteriais relativos à integração da música na liturgia, assim como a mão de Guido, culminando numa celebração de Vésperas integralmente cantadas na forma extraordinária do Rito Romano, em que se aplicará tudo o que foi aprendido durante o dia.

O QUE É A SOLFA? E A MÃO DE GUIDO?
Solfa é como antigamente se dizia solfejo, isto é, a capacidade de ler música.
A mão de Guido é um sistema de solfa que surgiu na Igreja Católica há cerca de mil anos para que os cantores aprendessem mais depressa as melodias sagradas que se encontravam escritas nos livros de coro. É um método especialmente pedagógico, mais fácil de aprender que o solfejo moderno, e mais adequado ao canto gregoriano, assim como às práticas de contraponto improvisado e polifonia escrita que a partir dele se desenvolveram desde a Idade Média.

QUEM SÃO OS FORMADORES?

FRANCISCO VILAÇA LOPES cantou gregoriano e polifonia na liturgia com João Valeriano, Luís Lopes Cardoso, Pe. Doutor Armindo Borges, Isaac Alonso de Molina, Ján Janovčík e Giacomo Baroffio. Ensina canto gregoriano em paróquias e através da internet. Colabora na base de dados PEMdatabase.eu.
DUARTE VALÉRIO estudou canto gregoriano e direção polifónica nas Semanas de Canto Gregoriano com Alberto Medina de Seiça, João Luís Ferreira, Idalete Giga, e Pe. Robert Skeris. Frequentou os Cursos Livres de Música Sacra de Santa Maria de Belém. Canta no Coro dos Jerónimos e na Igreja de São Nicolau, em Lisboa.

COMO POSSO INSCREVER-ME?

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdwmWBJGJddgoCZd8QocRRaPm0KTnBgBOJB5wOUQCugaiP8wA/viewform

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Introdução à Solmização

Nota prévia: para um melhor aperfeiçoamente da solmização, sugerem-se os cursos presenciais com o Maestro Isaac Alonso de Molina.

A solmização (ou solfa) é o mais antigo método de solfejo. Foi criado pelo monge Guido de Arezo no século XI, e influenciou profundamente o ensino, a práctica, e a composição da música desde então. É um recurso de enorme utilidade ao canto gregoriano: canto-chão, contraponto, e canto-d'órgão (polifonia do Renascimento), e também ao domínio da instrumentação em música antiga.

O método que aqui se apresentará foi recuperado a partir das fontes antigas (tratados, iconografia, etc.) pelo Professor Isaac Alonso de Molina, o qual tem ensinado pessoalmente os seus alunos.

Para treinardes este método à distância, publicaremos nesta página vários vídeos filmados no côro-alto da Igreja de Nossa Senhora da Imaculada Conceição em Ferragudo (Agradecimentos: Reverendo Padre Miguel Ângelo, Sr. Carlos Almeida), alguns dos quais contendo enganos que um aluno atento facilmente detectará e corrigirá. Os esquemas foram criados pelo zeloso aluno Felipe Gomes de Souza Araújo partindo do material gentilmente cedido pelo Professor Isaac. Guardai esta página nos vossos favoritos e visitai-a no futuro. Sendo este um assunto eminentemente práctico, os interessados poderão pedir-me mais informações e esclarecimentos pelos canais habituais (comentários, email, Messenger, Skype, Whatsapp, Hangouts, etc.).


O Hexacordo

É um conjunto de 6 cordas consecutivas. Cada corda está sempre separada da vizinha por um tom, excepto a 3ª da 4ª, que estão sempre a meio-tom uma da outra.

UT  1   RE   1   MI ½ FA  1   SOL  1  LA


    Praticai os seguintes exercícios:
    • Escala para cima e para baixo:
      UT RE MI FA SOL LA, LA SOL FA MI RE UT.
    • Intervalos:
      UT RE, UT MI, UT FA, UT SOL, UT LA;
      LA SOL, LA FA, LA MI, LA RE, LA UT.
    • Terças:
      UT RE MI, UT MI; RE MI FA, RE FA; MI FA SOL, MI SOL; FA SOL LA, FA LA;
      LA SOL FA, LA FA; SOL FA MI, SOL MI; FA MI RE, FA RE; MI RE UT, MI UT.
      UT MI, RE FA, MI SOL, FA LA; LA FA, SOL MI, FA RE, MI UT.
    • Quartas:
      UT RE MI FA, UT FA; RE MI FA SOL, RE SOL; MI FA SOL LA, MI LA;
      LA SOL FA MI, LA MI; SOL FA MI RE, SOL RE; FA MI RE UT, FA UT.
      UT FA, RE SOL, MI LA; LA MI, SOL RE, FA UT.
    • Quintas:
      UT RE MI FA SOL, UT SOL; RE MI FA SOL LA, RE LA;
      LA SOL FA MI RE, LA RE; SOL FA MI RE UT, SOL UT.
      UT SOL, RE LA; LA RE, SOL UT.
    • Sextas:
      UT RE MI FA SOL LA, UT LA; LA SOL FA MI RE UT, LA UT.
      UT LA, LA UT
       

    Hexacordos Naturais

    Têm a sua 1ª (UT) em C.
    Portanto, o semitom aparece entre E e F.
     

    Natura gravis




      

    Natura acuta





    Hexacordos duros

    Têm a sua 1ª em G.
    Portanto, o semitom aparece entre B e C.
    Logo, o B é chamado de durum ou quadratum: ♮

    B-durum gravis

    À 1ª corda chamamos Γ (Gamma) pois é a letra equivalente ao G no alfabeto grego. Foram os gregos que inventaram a teoria musical.

     


     

    B-durum acutum

        


    B-durum super acutum

    O e' sobreagudo (LA) está no dorso da mão, na articulação interfalângica distal, do lado oposto ao d' (SOL).



    Hexacordos moles ou brandos

    Têm a sua 1ª em F.
    Portanto, o semitom aparece entre A e B.
    Logo, o B é chamado de molle ou rotundum: ♭

    Molle gravis

      

      

    Molle acutum



    "Mutanças" (mutações ou mudanças)


    Practicai os seguintes exercícios:
    • Escala para cima e para baixo:
      À 5ª: UT RE MI FA SOL [LA=]RE MI FA, FA MI [RE=]LA SOL FA MI RE UT.
      À 4ª: UT RE MI FA [SOL=]RE MI FA SOL, SOL FA [MI=]LA SOL FA MI RE UT.
    • Terças, Quartas, Quintas e Oitavas.
      (mudando à 5ª e à 4ª)
    • Prestai muita atenção a onde se coloca o meio-tom (sempre MI-FA).
      

    À 5ª

     
    SOL RE ao subir
    MI LA ao descer
      

    Na mutação à 5ª, a 4ª fa-sol-re-mi é uma 4ª aumentada (trítono): fa contra mi, diabolus in musica, intervalo proibido.

    À 4ª


    FA RE ao subir
    FA LA ao descer



    Na mutação à 4ª, a 5ª mi-fa-re-mi-fa é uma 5ª diminuta: mi contra fa, diabolus in musica, intervalo proibido.
     

    Mutações subindo dos hexacordos naturais para os duros

    Sempre à 5ª.
      

    Natura gravis, durum acutum



     

    Natura acuta, Durum super acutum

      

    Mutações subindo dos hexacordos duros para os naturais

    Sempre à 4ª.
     

    Durum gravis, Natura gravis



     

    Durum acutum, Natura acuta

     
      

    Mutações subindo dos hexacordos naturais para os moles

    Sempre à 4ª.
     

    Natura gravis, Molle gravis



    Natura acuta, Molle acutum

     

    Mutações subindo dos hexacordos moles para os naturais

    Sempre à 5ª.
     

    Molle gravis, Natura acuta

     


    O Gammut e a Mão Guidoniana


    "Gamma Ut"

    Cada corda pode ter um ou mais nomes conforme o hexacordo em que estejamos.
      







    A Mão de Guido d'Arezzo

     
    Manus Guidonis



        Para dominar este método:

        • Repetir todos os exercícios q.b..
        • Solmizar com a mão esquerda,
          com as duas mãos simultaneamente,
          e com a mão direita sozinha.
        • Com os olhos abertos
          e com os olhos fechados.
        • Cantando
          e em silêncio.
        • Com as palmas da mão viradas para a cara,
          com uma virada para a cara e a outra para a frente,
          e com as duas para a frente.
        • Com as mãos no ar,
          ao nível da cara,
          e atrás das costas.
        • Treinar a obediência à afinação dada pelo 1º cantor (incipit):
          Solmizar todos os hexacordos e mutações partindo da mesma altura;
          repetir este exercício partindo doutras alturas diferentes.
        • Treinar a máxima extensão vocal:
          Escolher uma altura suficientemente grave em que partindo da corda mais grave (Γ) se consiga cantar até à mais aguda (ee) passando por todas as que entre elas estão e solmizando todos os hexacordos e mutações da mão de Guido. A tessitura normal de um cantor deveria abranger toda uma mão (20ª).
           

        Regras adicionais para se usarem somente quando cantando a partir de partituras originais (facsimile de documentos históricos): 

         

        Una super la est semper fa.

         
        Sempre que fôr necessária cantar só uma corda imediatamente acima do hexacordo em que estamos a cantar, não é preciso mutar, cantando essa nota como um fa, meio-tom acima do la: ut re mi fa sol la fa.
        • P.ex. se estamos a recitar em a e aparece um b isolado sem indicação de b-molle, assumimos que será mole, e cantamos la fa la
         

          Clausula finalis

           
          Na cadência final de uma peça, se a corda final fôr precedida por uma corda inferior num grau contíguo, essa corda pode ser cantada a meio-tom de distância da corda final i.e. na notação moderna receberia um sustenido #. Excepções:
          • Quando a corda final seja mi (pois o meio-tom fa está imediatamente acima).
          • Quando o intervalo que se cantar para atingir essa corda resultar num intervalo proibido: 4ª diminuta, 4ª aumentada (trítono) ou 5ª diminuta.
          • Quando em contraponto a cláusula finalis resultar em dissonância com as outras vozes.
           

              Algumas razões pelas quais este método de solfejo é mais apropriado para a música sacra (para além do que já foi dito)

                 
                • O canto gregoriano é música recta, i.e. maioritariamente sem acidentes nem alterações.
                • Todos os intervalos possíveis permitidos se treinam com este método.
                • Algumas peças têm um âmbito de uma 6ª, exactamente onde encaixa um hexacordo de Guido (p.ex. Comunhão Tu mandásti, molle gravis).
                • Ainda que a maioria tenha um âmbito um pouco maior (cerca de uma 8ª), a maioria dos segmentos de cada peça podem cantar-se sem ser necessário mudar de hexacordo (economia de mutações).
                • Fica fácil cantar paralelismos à 5ª (ou à 4ª).
                   

                Solmização do Reportório Gregoriano

                   
                  • Identificar a corda de recitação / arquitectural ou estrutural / tenor salmódico da peça em causa.
                    • Peças sem modo atribuído: será a corda mais vezes cantada, aquela em que se repetem consecutivamente várias sílabas.
                    • I modo: A
                    • II modo: F
                    • III modo: B durum
                    • IV modo: A
                    • V modo: C
                    • VI modo: A
                    • VII modo: D
                    • VIII modo: C
                  • Todas as peças ao longo duma celebração terão a sua corda de recitação enoada sempre à mesma altura. Uma altura cómoda para a maioria dos córos será a que corresponde ao nosso A moderno (440 Hz) dado na Igreja pelo diapasão ou instrumento (la2 vozes graves ou la3 crianças). Há no entanto liberdade para escolher outra corda, desde que seja a mesma ao longo da celebração.
                  • Ouvir essa altura e dar-lhe em voz baixa o nome de solmização que recebe a corda de recitação da peça que cantaremos.
                  • Solmizar o intervalo desde a corda de recitação até à primeira corda.
                  É o que farei ao longo de vários vídeos que divulgarei no meu canal pessoal no youtube. Subscrevei-o para ficardes a par. Cada vídeo será incrustado no postal a que pertence; ficarão todos agrupados pela etiqueta Solmização.

                    segunda-feira, 9 de junho de 2014

                    domingo, 10 de abril de 2011

                    Música própria do 4º Domingo da Quaresma / Dominica Quarta Quadragesimae

                    Descarregar partituras dos cânticos gregorianos (PDF em latim).

                    Este Domingo é chamado Domingo Laetare por ser esta a palavra com que se inicia o intróito da Missa. É um Domingo em que se antecipa na Quaresma a alegria que virá com a Páscoa.
                    A Igreja transmite essa alegria na Liturgia de vários modos: não só nos textos da Missa; mas também permitindo ao celebrante que vista uma casula côr-de-rosa; e aos músicos que toquem a solo:
                    No tempo da Quaresma só é permitido o toque do órgão e dos outros instrumentos musicais para sustentar o canto. Exceptuam-se, porém, o domingo Laetare (IV da Quaresma), as solenidades e as festas.

                    Tangedores do órgão de tubos, aproveitai hoje!

                    Sobre este Domingo, vêde o episódio d'A Dominga com o Papa Bento XVI.
                    1ª parte, sobre a arte sacra e os ensinamentos do Papa Bento XVI:



                    2ª parte, em que se lê o Evangelho, e os Cantori Gregoriani de Cremona cantam:

                    1:13 Intróito Laetáre Ierúsalem
                    3:25 O maestro Fulvio Rampi explica a peça anterior e a seguinte
                    6:00 Comunhão Lutum fecit ex sputo Dóminus, antífona que deve ser cantada neste Domingo se fôr lido o Evangelho do Cego de Nascença.



                    Para os coros capacitados, existe um belíssimo Laetare Ierusalem a 6 vozes da autoria de Estêvão de Brito.

                    Acerca do tempo da Quaresma e do intróito Laetare desta Missa, comentou a Prof.ª Idalete Giga:





                    Ainda sobre este intróito, escreveu Bruder Jacob:

                    Clicai e lêde.


                    Tractus Qui confidunt in Domino.
                    Gravação no ensaio do Côro Gregoriano de Lisboa:

                      Quem confia no Senhor é como o monte Sião: nada o pode abalar, está firme para sempre.
                      Como Jerusalém, cercada de montanhas, assim o Senhor envolve o seu povo, agora e para sempre.




                      Uma versão mais simples, em latim, composta e gravada pela nossa Capella:




                      Comentário de Tiago Barófio a êste tracto:
                      Qui confidunt in Domino, sicut mons Sion:
                      non commovebitur in aeternum, qui habitat in Ierusalem.
                      Mons magnus est, mons terribilis est,

                      ibidem Hiesus sedebat cum discipulis suis

                      (Prosa: NONANTOLA, Cantatorio, 42r)
                      Montes in circuitu eius: et Dominus in circuitu populi sui,
                      ex hoc nunc et usque in saeculum
                      (sal 124, 1-2)

                      Dei tratti domenicali del presente tempo liturgico, quello odierno richiama più di tutti la recensione melodica dei cantici della veglia pasquale. Forse anche questo particolare mira a evidenziare il carattere peculiare della celebrazione a metà del cammino quaresimale. Il colore rosaceo – condiviso con la domenica Gaudete d’avvento – e soprattutto il canto gioioso dell’introito Laetare Ierusalem aprono uno squarcio nella calotta violacea e penitenziale, lasciano intravvedere cieli nuovi e terra nuova. La Pasqua, sempre più vicina, inizia a mandare segnali luminosi e confortanti. Gli sforzi ascetici e le pratiche penitenziali allentano il loro rigore e si rivelano in tutto subalterne e funzionali all’esperienza pasquale, il decisivo passaggio dalle tenebre alla luce, dall’uomo vecchio alla creatura nuova che continuamente si rinnova in Cristo Gesù.
                      Il clima di letizia spirituale ed emotiva, annunciata dal canto d’ingresso, è ribadito pure dal responsorio graduale (Laetatus sum in his quae dicta sunt mihi, in domum Domini ibimus. Fiat pax ...: sal 121, 1.7). La folla dei pellegrini trascina con sé i viandanti sperduti. Troppe persone ancora oggi s’aggirano senza meta nel deserto dell’isolamento e dello sconforto. Abbandonati da tutti, rischiano di abbandonare l’unica àncora in cui potrebbero trovare la salvezza. 
                      Sembra che il cantore intoni il tratto lucidamente cosciente che si può trovare una via d’uscita dalle strettezze soffocanti. Occorre ribaltare le condizioni: trasformare l’isolamento in solitudine, facendo l’esperienza che non si è mai meno soli, di quando siamo soli con D-i-o. 
                      Il tempo in continua frammentazione e lo spazio sempre più angusto si stabilizzano. La prospettiva vaga di una religiosità superficiale e abitudinaria si ricompone e diviene visione concreta della realtà vissuta. Ci ritroviamo in compagnia dei santi, dei discepoli di Cristo. Alcune persone conosciute e molti volti anonimi ci trascinano di nuovo alla sequela del Signore Gesù. All’inizio ci lasciamo guidare e siamo sorretti dalla loro fede. Man mano che il sentiero s’inerpica verso la vetta del Tabor, ciascuno è chiamato a prendere in mano la propria esistenza, diviene pienamente responsabile, cammina sulle proprie gambe, si muove spedito. Avanza con un passo deciso e sicuro che gli permette di divenire a sua volta umile guida e orientamento per i fratelli e le sorelle che lo seguono alla ricerca del Volto.
                      Il movimento alterna passi lenti e slanci di corsa. È quasi una fuga immobile che nasce da una condizione di solida stabilità. Si ripete e si rinnova per ciascuno l’esperienza del Monte Sion, di Gerusalemme, della Chiesa. Come canta il tropo nonantolano, è un momento grande e terribile. Vale la pena non perdersi d’animo. Non ci si può lasciare trattenere dalla zavorra, il cui peso s’è già addossato Cristo nel portare la Croce.


                      Ofertório Laudate Dominum, quia benignus est.Louvai o Senhor, porque é benigno: salmodiai no seu nome, porque é suave: todas e quaisquer coisas que Ele desejar se farão no céu e na terra.
                      Partitura com versículos (PDF em latim) na edição alemã de Antão Estingle.


                      Comunhão Lutum fecit, cantada pelo eslovaco:




                      Sôbre a comunhão Lutum fecit, ouvi outra gravação e lêde o que nos escreveu o maestro Fulvio Rampi:

                      Obras maestras del canto gregoriano / La antífona del ciego de nacimiento

                      Es el communio del domingo "Laetare", el cuarto de la Cuaresma, en una nueva ejecución que nos ofrecen los "Cantori Gregoriani" y su Maestro

                      de Fulvio Rampi




                      TRADUCCIÓN

                      El Señor hizo barro con la saliva
                      y untó con él mis ojos;
                      y fui
                      y me lavé
                      y vi
                      y creí en Dios.

                      (Juan 9, 6-11)

                      Una cosa pido al Señor,
                      es lo que busco:
                      habitar en la casa del Señor
                      todos los días de mi vida.

                      El Señor hizo barro…

                      Para contemplar la dulzura del Señor
                      y admirar su templo.

                      El Señor hizo barro…

                      (Salmo 27, 4)



                      ESCUCHA



                      GUÍA A LA ESCUCHA


                      El contexto litúrgico que rodea este breve communio evangélico es muy especial. “Laetare Ierusalem”, alégrate Jerusalén: de este modo empieza el introito del cuarto domingo de Cuaresma, llamada de hecho “Dominica Laetare”. El paralelo con el tercer domingo de Adviento, la “Dominica Gaudete”, es evidente. Se trata de dos fiestas unidas entre sí por la anomalía de la alegría y que la liturgia sitúa, de manera sugestiva, en el centro de dos tiempos fuertes de carácter penitencial como son el Adviento y la Cuaresma.

                      Esta sorprendente invitación a la leticia la podemos ver tanto en los signos visibles de la liturgia, que de manera totalmente excepcional cambia el color de las vestiduras del celebrante del morado al rosa, como en la forma sonora, decididamente más rica, que el canto gregoriano reserva de manera especial a los introitos de estos dos domingos.

                      Si el texto paulino del “Gaudete” (Filipenses 4, 4-6) manifiesta la alegría de la Navidad, el texto de Isaías del “Laetare” (60, 10-11) orienta el recorrido cuaresmal hacia la Pascua.

                      Pero no sólo con la exuberancia textual y musical del introito, el “proprium missae” del cuarto domingo de Cuaresma alude de manera significativa y directa a la Pascua. Lo hace también con una pequeña fórmula de acento, característica de las melodías-tipo de los cánticos de la Vigilia de Pascua: esta célula melódica, que ya hemos visto en el introito “Invocabit me” (en el acento del verbo “glorificàbo”) del primer domingo de Cuaresma, aparece también en dos piezas que antiguamente se asignaban sólo a este cuarto domingo.

                      La primera de ellas es el tractus “Qui confidunt”, construido precisamente sobre la melodía-tipo de los cánticos pascuales.

                      La segunda, con la presencia de la misma fórmula, es el íncipit de la antífona “Ierusalem quae aedificatur”, que en su origen estaba destinada a communio de esta misa festiva.

                      El puente ideal entre el primer domingo y la Pascua, construido sobre esta fórmula musical recurrente, está dotado de un pilar central precisamente en este cuarto domingo. La invitación a la alegría, que el introito traduce tal como se ha dicho, encuentra su esencia expresiva en este recordatorio pascual que resuena varias veces en la misma celebración cuaresmal.

                      Esta coherencia está ligeramente oscurecida en el actual ordenamiento litúrgico de ciclo trienal. De hecho, en el año A se prevé la sustitución del communio original por la antífona “Lutum fecit”. La lectura evangélica del relato de Juan del episodio de la curación del ciego de nacimiento, prevista para este domingo, ha motivado la utilización de susodicho communio, que los códices gregorianos destinaban a la feria IV de la cuarta semana de Cuaresma, unos días más adelante.

                      El texto de esta breve antífona se compone fundamentalmente de dos frases, de hechura muy distinta entre ellas, que sintetizan el episodio milagroso. A diferencia de los otros communio cuaresmales asociados a episodios evangélicos (el de la Samaritana, de Lázaro, de la adultera), en este caso no es Cristo quien habla, sino que es el ciego de nacimiento quien relata su curación.

                      La primera frase, de gran sencillez estilística y sin ningún énfasis, expone los hechos de manera objetiva. No hay todavía nada extraordinario: Jesús ha hecho barro con su saliva y lo ha extendido sobre los ojos enfermos. La única punta expresiva se puede observar en la intensidad del adjetivo conclusivo “meos”, “mis” ojos: la silaba tónica, en este caso, está formada por un neuma descendiente de tres notas (climacus) que en el ámbito de esta primera frase formada por sílabas con una o dos notas constituye el punto de máxima densidad sonora. Además, la primera de estas tres notas, tal como se puede observar en las anotaciones en campo abierto que rodean la notación cuadrada, es la única dotada de valor ampliado en toda la primera frase. En todo caso, el funcionamiento rítmico global hasta esta primera cadencia es totalmente ordinario y los acentos naturales textuales están secundados por la elevación melódica regular en correspondencia con la sílaba tónica de cada palabra.

                      Si la primera frase resalta el hecho, la segunda proclama el acontecimiento. El estilo musical no cambia, se mantiene con rigurosa sencillez; pero cambia radicalmente el criterio de composición textual.

                      Al funcionamiento ordinario inicial del relato se contrapone, repentinamente, la descarnada centonización de cuatro verbos consecutivos, vinculados por la repetición de la conjunción “et”, utilizada como artificio retórico con una gran fuerza de persuasión: “et abii et lavi et vidi et credidi Deo”; y fui y me lavé y vi y creí en Dios.

                      El significado de la poderosa y eficaz síntesis en el plano textual lo confirma, y concretiza ulteriormente, el fraseo musical sugerido por las fuentes manuscritas en campo abierto. Los antiguos neumas evidencian sobre todo el crescendo expresivo de los tres primeros verbos: las correspondientes silabas de acento están progresivamente dotadas de sonido de valor amplio, hasta la confirmación del milagro (“et vidi”), traducida rítmicamente con el doble énfasis de los dos sonidos descendientes en la sílaba de acento (clivis de valores amplios con ulterior añadido sangalense de la “t” de “tenete”, letra que invita a “trattenere” – retardar – la correspondiente sílaba a causa de su importancia).

                      Pero la verdadera sorpresa se realiza precisamente a partir de este contexto, es decir, de esta aparente cadencia que, de manera solemne, guía la melodía al re grave. Dicho procedimiento, aunque indica una meta “acentuativa” de gran importancia, no configura para nada una conclusión definitiva, porque el enérgico arranque del último “et” proyecta el fraseo de este enésimo “climax” de la monodia gregoriana hacia el verdadero punto culminante: “et credidi Deo”, y creí en Dios.

                      Los neumas indican claramente, también a través de la ausencia intencionada de la licuecencia en el último “et”, la proclamación urgente y perentoria de este inciso final: el acto de fe es lo que cierra la antífona, confiriéndole un significado pleno.

                      Efectivamente, es así, también desde el punto de vista de la construcción modal global. La pieza está sostenida por un procedimiento melódico en “tritus plagale” (sexto modo); es precisamente este último y decisivo inciso el que, después de una aparente cadencia hacia el grave, vuelve a llevar a la pieza a su verdadera modalidad de pertenencia. Una modalidad que encuentra amplio espacio sobre todo en el tiempo pascual y que, en este contexto cuaresmal, relata un signo milagroso que se convierte en itinerario de fe y que, narrado de esta manera, resuena como anticipación y promesa de un cumplimiento futuro.
                      __________

                      La partitura musical reproducida más arriba está tomada del "Graduale Novum", ConBrio Verlagsgesellschaft, Regensburg, 2011, p. 87.
                      __________

                      Traducción en español de Helena Faccia Serrano, Alcalá de Henares, España.
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                      29.3.2014 


                      Ainda sobre a comunhão Lutum fecit , lêde o que escreveu Bruder Jacob:



                      Quando se lê o Evangelho do filho pródigo, canta-se a Comunhão Oportet te, aqui solmizada:



                      Partituras e gravação de 10-3-2018:
                      in. Letare Jerusalem http://pemdatabase.eu/image/22895
                      ky. http://pemdatabase.eu/image/4500
                      gr. Letatus sum = in.
                      tr. Qui cõfidũt http://pemdatabase.eu/image/22896
                      of. Laudate Dominum = tr.
                      sa. = ky.
                      ag. http://pemdatabase.eu/image/4501
                      cõ. Jerusalem que edificatur = of.
                      hy. Pange lingua
                      an. Ave Regina caelorum http://divinicultussanctitatem.blogspot.pt/2011/09/santa-missa-cantada-ao-domingo.html

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