Magistério

Nota prévia: para uma melhor aplicação das normas da Igreja, recomendam-se os cursos de Monsenhor Alberto Turco.

O que é que a Igreja, nas pessoas dos Papas e dos Bispos a ele unidos, nos tem ensinado sobre o valor música na Liturgia? Podeis ler uma breve repescagem pelos documentos mais notórios dos últimos decénios, para depois, mais motivados, vos deleitardes aprofundadamente:

Papa S. Pio X

1903-XI-22, Motu proprio Tra le sollecitudini, sobre a Música Sacra.

Papa Pio XI

1928-XII-20, Constituição Apostólica Divini Cultus Sanctitatem, sobre a Liturgia, o Canto Gregoriano, e a Música Sacra.

Papa Pio XII

1955-XII-25, Carta Encíclica Musicæ Sacræ Disciplina, sobre a Música Sacra.
1958-IX-03, Instrução De Musica Sacra, sobre a Música Sacra.

Beato Papa João XXIII

1962-II-22, Constituição Apostólica Veterum sapientia sobre o estudo da Latinidade.

Concílio Ecuménico Vaticano II

1963-XII-4, solenemente promulgada pelo Papa Paulo VI a Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia.
1967-III-5, publicada pelo Concílio e pela Sagrada Congregação dos Ritos, e aprovada pelo Papa Paulo VI, a Instrução Musicam Sacram sobre a música na liturgia.

Papa Paulo VI

Papa João Paulo II

Monsignor Valentino Miserachs Grau, presidente do Pontifício Instituto de Música Sacra

2005-XII, Discurso proferido numa Conferência na Cidade do Vaticano

Cardeal Joseph Ratzinger / Papa Bento XVI

Excerto do livro Cantar ao Senhor um cântico novo
Introdução ao espírito da liturgia, & Cantare al Signore un canto nuovo, cit. por G. Marini.
2005-XII-22, Discurso à Cúria Romana sobre a «hermenêutica da continuidade»
2007, Exortação Apostólica Pós-Sinodal Sacramentum Caritatis: ponto 42.
2008-IX-12, Encontro com o mundo da cultura no Collège des Bernardins, em que cita S. Bernardo de Claraval sobre o imperativo de bem cantar.
2010, Exortação Apostólica Pós-Sinodal Verbum Domini: pontos 66, 69, & 70.
2011-V-6, Discurso do Papa aos membros do Instituto Litúrgico Santo Anselmo.
2012-IV-14, Carta do Papa ao Arcebispo Presidente da Conferência Episcopal Alemã, sôbre o princípio que deve orientar as traduções dos textos litúrgicos.
2012-XI-2012, Discurso aos participantes da peregrinação das «Scholae cantorum» organizada pela Associação Italiana de Santa Cecília.

Monsenhor Guido Marini, mestre de cerimónias das celebrações litúrgicas pontifícias nomeado pelo Papa Bento XVI

Frank J. Dewane, Bispo de Venice, Florida, U.S.A.

2011-IV-1, Bênção aos estudantes de gregoriano

D. Joaquim Mendes, Bispo Auxiliar de Lisboa

2011-XI-26, XXX Encontro de córos do Patriarcado de Lisboa

Secretariado Nacional da Liturgia de Portugal

Para mais documentos, lêde a completíssima colecção da Escola Diocesana de Música Sacra de Coimbra.

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NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO

Arcanjo São Miguel,
Santo Rei David,
Patriarca São José,
São João Baptista,
São Dismas, Bom Ladrão,
São Lucas, Evangelista e Médico,
São Pedro e São Paulo,
Santo André,
Virgem Santa Cecília,
Santos Cosme e Damião, Médicos,
São Nicolau de Mira,
Santo Ambrósio de Milão,
Santo Agostinho de Hipona,
São João Crisóstomo,
São Bento de Núrsia,
São Vicente de Saragoça,
Santo Ildefonso de Toledo,
Santos Martinho de Dume, Frutuoso, e Geraldo,
Santo Isidoro de Sevilha,
São Gregório Magno,
Santos Cirilo e Metódio,
São Bernardo de Claraval,
Santa Hildegarda de Bingen,
Beatas Sancha, Mafalda e Teresa,
São Francisco de Assis e São Domingos,
Santa Clara de Assis,
Santo António de Lisboa,
São Roque de Montpellier,
Rainha Santa Isabel de Portugal,
São Nun'Álvares Pereira de St.ª Maria,
São João de Deus,
São Francisco Xavier,
São João de Brito,
São João da Cruz,
Santa Teresa de Ávila,
São José Vaz,
Santa Teresinha do Menino Jesus,
Santo Cura d'Ars,
Papa São Pio X,
Santo Anjo de Portugal,
Santos Francisco e Jacinta,
São José Moscati,
Santa Teresa Benedita da Cruz,
Santo Padre Pio de Pietrelcina,
São Josemaría Escrivá de Balaguer,
Papa São João Paulo II,
todos os Santos e Santas de Deus,
rogai por nós.

CONCÍLIO VATICANO II?

«Como, em verdade, nenhum católico fiel pode rejeitar as fórmulas da doutrina cristã compostas e decretadas com grande vantagem em época mais recente da Igreja, inspirada e dirigida pelo Espírito Santo, para voltar às antigas fórmulas dos primeiros concílios, ou repudiar as leis vigentes para voltar às prescrições das antigas fontes do direito canónico; assim, quando se trata da sagrada liturgia, não estaria animado de zelo recto e inteligente aquele que quisesse voltar aos antigos ritos e usos, recusando as recentes normas introduzidas por disposição da divina Providência e por mudança de circunstâncias.»

Papa Pio XII,
in Mediator Dei (1947)

CANTO SACRO, PARTE INTEGRANTE DA LITURGIA

«Os cantores têm na Igreja um verdadeiro ofício litúrgico.»

Papa S. Pio X
in Tra le sollecitudini (1903), nº13

«Os (...) elementos do grupo coral desempenham também um autêntico ministério litúrgico. Exerçam, pois, o seu múnus com piedade autêntica e do modo que convém a tão grande ministério (...). É, pois, necessário imbuí-los de espírito litúrgico (...) e formá-los para executarem perfeita e ordenadamente a parte que lhes compete.»

Concílio Vaticano II
in Sacrosanctum Concilium (1963), nº 29

«Queridos amigos, vós desempenhais um papel importante: comprometei-vos por melhorar a qualidade do canto litúrgico, sem ter receio de recuperar e valorizar a grande tradição musical da Igreja, que no gregoriano e na polifonia tem duas das expressões mais nobres, como afirma o Vaticano II»

Papa Bento XVI
em discurso, a 10 de Nov.º de 2012

QUAL É O CANTO LITÚRGICO POR EXCELÊNCIA?

«Estas qualidades [santidade, delicadeza das formas, universalidade] encontram-se em sumo grau no canto gregoriano, que é, por consequência, o canto próprio da Igreja Romana, o único que ela herdou dos antigos Padres, que conservou cuidadosamente no decurso dos séculos em seus códigos litúrgicos e que, como seu, propõe directamente aos fiéis (...).

Por tais motivos, o canto gregoriano foi sempre considerado como o modelo supremo da música sacra, podendo com razão estabelecer-se a seguinte lei geral: uma composição religiosa será tanto mais sacra e litúrgica quanto mais se aproxima no andamento, inspiração e sabor da melodia gregoriana, e será tanto menos digna do templo quanto mais se afastar daquele modelo supremo.

O canto gregoriano deverá, pois, restabelecer-se amplamente nas funções do culto»

S. Pio X, papa,
in Tra le sollecitudini (1903), nº3

«A Igreja reconhece como canto próprio da liturgia romana o canto gregoriano; terá este, por isso, na acção litúrgica, em igualdade de circunstâncias, o primeiro lugar.»

Concílio Vaticano II
in Sacrosanctum Concilium (1963), nº 116

«Entre as expressões musicais que mais correspondem à qualidade requerida pela noção de música sacra, particularmente a litúrgica, o canto gregoriano ocupa um lugar particular. O Concílio Vaticano II reconhece-o como "canto próprio da liturgia romana" (...). São Pio X ressaltava que a Igreja "o herdou dos antigos Padres", "guardando-o zelosamente durante os séculos nos seus códices litúrgicos" e ainda hoje o "propõe aos fiéis" como seu (...). O canto gregoriano, portanto, continua a ser também, hoje, um elemento de unidade na liturgia romana.»

B. João Paulo II, papa,
in Quirógrafo no Centenário do Motu Proprio «Tra le sollecitudini» (2003), nº 7

«(...) Verdadeiramente, em liturgia, não podemos dizer que tanto vale um cântico como outro; a propósito, é necessário evitar a improvisação genérica ou a introdução de géneros musicais que não respeitem o sentido da liturgia. Enquanto elemento litúrgico, o canto deve integrar-se na forma própria da celebração; consequentemente, tudo — no texto, na melodia, na execução — deve corresponder ao sentido do mistério celebrado, às várias partes do rito e aos diferentes tempos litúrgicos. Enfim (...), desejo — como foi pedido pelos padres sinodais — que se valorize adequadamente o canto gregoriano, como canto próprio da liturgia romana.»

Bento XVI, papa,
in Sacramentum Caritatis (2007), nº 42

Graduale Simplex (1988)

A resposta ao Concílio Vaticano II, que pediu «uma edição com melodias mais simples para uso das igrejas menores». Este livro é uma verdadeira edição típica, absolutamente oficial e aprovada, e inclui muitas simplificações dos cânticos do ordinarium (Kyrie, Gloria, Credo, diálogos...) e do proprium de cada Tempo ou Festa (Entrada, Aleluia, Comunhão, procissões, etc.). Ademais, é um excelente manual de modalidade arcaica, isto é, do que podemos supôr que fosse o canto da Igreja primitiva.

Para comprar em papel, contactar a abadia de Solesmes.

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