Mostrar mensagens com a etiqueta Liturgia Eucarística. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Liturgia Eucarística. Mostrar todas as mensagens

domingo, 20 de julho de 2014

Cânone Romano em Canto Gregoriano em Português!

Oração Eucarística I da Forma Ordinária do Rito Romano, segundo o tom mais solene: PDF.


https://www.dropbox.com/sh/ly9cndcin71pnfm/AAA8yyK1-NUqs45w-G_b1lPwa/Canon%20solene%20em%20Portugu%C3%AAs.pdf

Conhecei tão-bem a interessantíssima edição do Secretariado Nacional de Liturgia, para o Canto do Celebrante, que por uns míseros 20 € oferece as melodias para tôdas as orações do celebrante durante a Eucaristia.


domingo, 29 de dezembro de 2013

Os Três Graus da Participação Activa

O Reverendo Padre da minha Paróquia pediu-me que eu colaborasse num curso de música sacra por ele organizado para um grupo de paroquianos interessados, tendo em vista a formação de um côro mais bem preparado e a solenização da Liturgia. Encarregou-me de leccionar uma cadeira de canto gregoriano, sendo as matérias de história da música sacra católica, ensinamentos do magistério da Igreja sobre a música sacra, solfejo, técnica vocal, e polifonia, entregues a outros colaboradores.

Na programação das aulas, ocorreram-me os três "graus de participação" propostos pela Sagrada Constituição dos Ritos, em 1967, para a introdução do canto sacro na Santa Missa. Leiamos, então, uns poucos parágrafos da instrução Musicam Sacram, que certamente nos mereceria uma atenção mais integral:
7. Entre a forma solene e mais plena das celebrações litúrgicas (em que se canta realmente tudo quanto exige canto) e a forma mais simples em que não se emprega o canto, pode haver vários graus, conforme o canto tenha maior ou menor lugar. Todavia, na escolha das partes que se devem cantar, começar-se-á por aquelas que por sua natureza são de importância maior: em primeiro lugar, por aquelas que devem ser cantadas pelo sacerdote ou pelos ministros, com resposta do povo; ou pelo sacerdote juntamente com o povo; juntar-se-ão depois, pouco a pouco, as que são próprias só do povo ou só do grupo de cantores. 
(...) 
III. O canto na celebração da missa
27. Para a celebração da Eucaristia com o povo, sobretudo nos domingos e festas, há-de preferir-se na medida do possível a forma de missa cantada, até várias vezes no mesmo dia. 
28. Conserve-se a distinção entre missa solene, missa cantada e missa rezada estabelecida na Instrução de 1958 (n. 3), segundo as leis litúrgicas tradicionais e em vigor. No entanto, para a missa cantada e por razões pastorais propõem-se aqui vários graus de participação para que se torne mais fácil, conforme as possibilidades de cada assembleia, melhorar a celebração da missa por meio do canto. O uso destes graus de participação regular-se-á da maneira seguinte: o primeiro grau pode utilizar-se só; o segundo e o terceiro não serão empregados, íntegra ou parcialmente, senão unidos com o primeiro grau. Deste modo, os fiéis serão sempre orientados para uma plena participação no canto. 
29. Pertencem ao primeiro grau:
a) nos ritos de entrada:
- a saudação do sacerdote com a resposta do povo;
- a oração;
b) na liturgia da Palavra:
- as aclamações ao Evangelho;
c) na liturgia eucarística:
- a oração sobre as oblatas,
- o prefácio com o respectivo diálogo e o "Sanctus",
- a doxologia final do cânone,
- a oração do Senhor - Pai nosso - com a sua admonição e embolismo,
- o "Pax Domini",
- a oração depois da comunhão,
- as fórmulas de despedida.
30. Pertencem ao segundo grau:
a) "Kyrie", "Glória" e "Agnus Dei";
b) o Credo;
c) a Oração dos Fiéis.
31. Pertencem ao terceiro grau:
a) os cânticos processionais da entrada e comunhão;
b) o cântico depois da leitura ou Epístola;
c) o "Alleluia" antes do Evangelho;
d) o cântico do ofertório;
e) as leituras da Sagrada Escritura, a não ser que se julgue mais oportuno proclamá-las sem canto.
Note-se que por participação activa deve entender-se, não só a participação vocal dos ministros e do povo nas orações respectivas, mas também, e até primeiramente, aquela verdadeira participação activa, que é espiritual e se dá no coração de cada um: a primeira nunca dispensa a segunda; a segunda, serve-se da primeira, mas pode tão-bem dispensá-la, inclusive até ao extremo do absoluto silêncio.

Com efeito, pareceu-me muito conveniente esta sugestão do Magistério para programar semelhantes aulas como as que me foram pedidas, dividindo para tal o extenso e variado reportório do canto gregoriano em três partes, de crescente complexidade. O que se segue é o resultado dessa divisão, tendo algumas orações sido deslocadas para outro grau em razão da sua natureza musical, como adiante especifico. Este método, que ainda não passou do papel à práctica, parece-me, para já, o mais apropriado para a formação duma schola cantorum de raíz, pelo menos a nível duma paróquia. Por este motivo, partilho desde já os recursos que compus, e peço encarecidamente os vossos comentários.

No 1º grau de dificuldade, ou seja, para um côro principiante, proporia o estudo das seguintes peças:

a) nos Ritos Iniciais:
- a saudação do sacerdote com a resposta do povo
- o acto penitencial
- a oração colecta
b) na liturgia da Palavra:
- a 1ª leitura
- as aclamações da 1ª leitura
- a 2ª leitura
- a aclamação da 2ª leitura
- a leitura do Evangelho
- as aclamações ao Evangelho
- a oração dos fiéis
c) na liturgia eucarística:
- a oração sobre as oblatas;
- os diálogo e prefácio da O.E.;
- o cânone;
- a doxologia final do cânone;
- o Pater noster com admonição e embolismo;
- o Pax Domini e outras aclamações e diálogos, e respectivas orações do celebrante;
- a oração depois da comunhão;
- as fórmulas de despedida;

Ou seja, excluí o Sanctus, que no Kyrial Romano ou na polifonia assume formas bastante elaboradas, e reuni todas as orações entoadas em recto tono, mesmo que o seu canto não seja prioritário na maioria das celebrações (p.ex. Canon, Lectiones). No seu conjunto, cada uma destas orações tem 2 ou 3 versões diferentes, que se mantêm as mesmas em todas as Missas ao longo do ano litúrgico nas mais variadas localizações onde se reza pelo rito romano. E, embora a maioria dos textos se destine ao sacerdote celebrante (ou a outros ministros, leitores, et al.) e não ao povo, as respostas pertencem - essas sim - ao povo, e são practicamente as mesmas, sempre; um coro que as aprenda pode ajudar o resto da assembleia a cantá-las. E o facto de se começar pelas entoações simples, e não pelos tradicionais modos gregorianos (octoechos), tem ainda a vantagem de evitar uma sobrecarga cognitiva nos aprendizes, que poderão focar-se primeiramente:
  • na busca da melhor técnica vocal;
  • no discernimento da correcta afinação, mantida imperturbável ao longo da entoação rectilínea;
  • na descoberta e no entendimento da língua latina;
  • na boa dicção e pronúncia do texto;
  • na sincronia com os restantes membros do côro;
  • na descoberta da notação quadrada e suas particularidades, por oposição à notação moderna;
  • na detecção das principais unidades rítmicas, definidas pela pontuação e sintaxe do texto;
  • na acentuação do início ou fim das tais unidades rítmicas com os acidentes melódicos tradicionais;
  • na percepção dos principais intervalos melódicos (meio tom, tom inteiro, terceira menor, terceira maior, etc.);
  • na desintoxicação tonal e na aceitação do ambiente modal, mais propício que é ao recolhimento e oração;
  • no conhecimento de como as entoações da Missa formam um todo sólido, um esqueleto musical ao qual se apendem outros géneros musicais mais complexos (canto melismático, polifonia).
Para além disso, permite-me também a mim ganhar a experiência que não possuo para dirigir peças mais complexas. Deixo-vos, então, um manual (Dropbox, Scribd) em que reuni (com manifesto amadorismo) todas estas entoações, e que inclui, no final, os seguintes cantus varii propostos pelo Papa Paulo VI em 1974 a toda a Igreja de rito romano: O salutaris hostia, Adoro te devote, Tantum ergo sacramentum, Laudate Dominum, Parce Domine, Da pacem, Ubi caritas, Veni creator Spiritus, Regina cæli, Salve Regina, Ave maris stella, Magnificat, Tu es Petrus, e Te Deum.


Depois de bem sabido o 1º grau, proporia para o 2º o estudo das peças do Kyriale Romanum, as quais, embora preservando o mesmo texto ao longo do ano litúrgico, convém que se variem na música (mais ou menos como se mudam as côres dos paramentos):
  • Kyrie, incluindo algumas versões com tropo (fons bonitatis II, firmator sancte VIII ad lib., orbis factor XI);
  • Gloria in excelsis Deo;
  • Credo;
  • Sanctus;
  • Agnus Dei;
  • Ite missa est.
Estas peças vêm em grupos no Gradual Romano, de forma que se pode começar pelas mais simples (missas com n.º mais elevado) e ir crescendo na dificuldade. As peças do ordinário são úteis para o ensino dos modos gregorianos, que se poderá fazer nesta altura. Deixaria para o fim as antífonas da aspersão com água benta (Asperges me, Vidi aquam) e os oito tons do Gloria Patri da Missa (começando pelos VII e VIII modos, que se cantam nestas antífonas, respectivamente); estas peças exigem alguns conhecimentos de semiologia gregoriana, até aqui desconhecida, e que se revelará indispensável no 3º grau. Mas antes o PDF do Kyriale Romanum:



Finalmente, chegamos ao 3º grau: que inclui as peças do próprio de cada Missa:
  • Introitus
  • Graduale
  • Tractus
  • Alleluia
  • Sequentia
  • Offertorium
  • Communio
Estas peças, cujos texto e melodia variam practicamente todas as missas, são as mais belas do reportório gregoriano, mas também as mais difíceis. As peças mais fáceis são as sequências, com o seu estilo silábico. As restantes, semi-ornamentadas e melismáticas, exigem que se coordene tudo quanto se aprendeu até aqui, e se aprenda a modelação rítmica tão característica da música medieval. Para isso, encaminhamos o leitor interessado aos seguintes livros: Graduale Triplex, Offertoriale Triplex, Graduale Novum e Graduale Restitutum, que publicam as partituras a cantar em cada Missa; e para outros manuais, que ensinam a ler a notação arcaica.

Uma vez dominado este nível, resta cantar a polifonia do Renascimento, e voar!...

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Aclamações Depois da Consagração, em Português

A música é do Padre Estêvão Luís Jardim, sacerdote da Companhia de Jesus que esteve 50 anos nas Missões em Moçambique e Angola, e lá ensinou os locais a saudarem o Corpo de Deus com estas melodias. Ao que parece, só há música publicada para uma das três aclamações que o Missal Romano de Paulo VI prevê para este momento, pelo que o Padre compôs para as outras duas:


JPEG. PDF.

Acclamationes post consecrationem

Anno B: Mistério admirável da nossa fé.
R/ Quando comemos deste pão,
e bebemos deste cálice,
anunciamos, Senhor, a vossa morte,
esperando a vossa vinda gloriosa.
AnnoC: Mistério da fé para a salvação do mundo.
R/ Glória a Vós, que morrestes na Cruz,
e agora viveis para sempre.
Salvador do mundo, salvai-nos.
Vinde, Senhor, Jesus.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Antífonas do Ó / Oitava antes do Natal

Nossa Senhora do Ó, Évora.
Estas antífonas cantam-se durante a oitava antes do Natal (17 a 24 de Dezembro).

Cantam-se no Magnificat durante as Vésperas da Liturgia das Horas. E cantam-se também no lugar dos versículos aleluiáticos para aclamar o Evangelho das Missas feriais destes dias (cfr. Leccionário Ferial do Advento).

São um conjunto de 7 antífonas, baseadas integralmente em textos bíblicos, com os quais invocamos a vinda do Messias, nos seus vários títulos:
As iniciais da primeira palavra depois do O , lidas para trás, formam o acróstico ERO CRAS, «Amanhã estarei [convosco]», que é a resposta de Cristo à oração do Povo de Deus. São textos riquíssimos que certamente nos ajudam a preparar a meditação para o festa do Natal do Senhor. Não deixeis de acompanhar as meditações de Dom Gueranger para cada dia (seguir os elos acima indicados).

Segue-se uma cábula (em PDF) com as 7 antífonas em Latim segundo a ordem do Ofício Divino e da Ordo Lectionum, e sua tradução Portuguesa oficial:



Deixo-vos ainda uma transcrição destas melodias para o Português (PDF).



Proporia, então, que nas Missas feriais destes dias cantássemos o refrão aleluiático próprio desta semana, juntamente com a antífona do dia no lugar do versículo.

Nos dias que calharem na 3ª semana do Advento / Hebdomada III Adventus, o Alleluia Excita Domine, só até à bara dupla, seguido da antífona do Ó para esse dia, isto é, omitindo o versículo fixo que vem indicado no Graduale Romanum:


No 4º Domingo do Advento, cantamos o Alleluia completo da Hebdomada IV Adventus, que é o Alleluia Veni Domine, e nas missas feriais da 4ª semana cantamos o refrão deste Alleluia seguido da antífona do dia (ou melhor, do dia seguinte, uma vez que no Domingo não se cantou a antífona do Ó na Missa; deste modo chegaremos ao dia 24 de manhã ainda com um versículo para cantarmos na Missa):


Os modos gregorianos das peças em questão são diferentes, mas - como dizia Dom Cardine - o modo de cada peça é o modo como cada peça é. 

Deixo-vos um artigo que explica o significado destas antífonas:

Adviento en la música. Siete antífonas, para redescubrirlas a todas

Se cantan una por día, durante el recitado del Magnificat en las Vísperas. Son muy antiguas y valiosísimas, con referencias a las profecías del Mesías. Sus iniciales forman un acróstico. Transcriptas a continuación, con la clave de lectura

por Sandro Magister



ROMA, 17 de diciembre de 2008 – Desde hoy hasta la vigilia anterior a la de Navidad, en el momento que se recita el Magnificat, en la oración de Vísperas del rito romano, se cantan siete antífonas, una por día, cada una de las cuales comienza con una invocación a Jesús, quien en este caso nunca es llamado por su nombre.

Este septenario es muy antiguo, se remite a la época del papa Gregorio Magno, alrededor del año 600. Las antífonas están en latín y se inspiran en textos del Antiguo Testamento que anuncian al Mesías.

Al comienzo de cada antífona, en ese orden diario, Jesús es invocado como Sabiduría, Señor, Raíz, Llave, Sol, Rey, Emmanuel. En latín: Sapientia, Adonai, Radix, Clavis, Oriens, Rex, Emmanuel.

Leídas a partir de la última, las iniciales latinas de esas palabras forman un acróstico: "Ero cras", es decir, "Será mañana". Es el anuncio del Señor que viene. La última antífona, que completa el acróstico, se canta el 23 de diciembre y al día siguiente, con las primeras vísperas, comienza la fiesta de Navidad.

Quien extrajo del olvido estas antífonas ha sido, inesperadamente, "La Civiltà Cattolica", la revista de los jesuitas de Roma que se edita con el control previo de la Secretaría de Estado vaticana.

Es inusitado también el puesto de honor otorgado al artículo que comenta las siete antífonas, escrito por el padre Maurice Gilbert, director de la sede de Jerusalén del Pontificio Instituto Bíblico. El artículo abre el número previo a Navidad de la revista, donde normalmente se publica el editorial.

En el artículo, el padre Gilbert comenta las antífonas una por una. Muestra las riquísimas referencias a los textos del Antiguo Testamento y destaca una particularidad: las tres últimas antífonas incluyen algunas expresiones que se explican únicamente a la luz del Nuevo Testamento.

La antífona "O Oriens" del 21 de diciembre incluye una clara referencia al "Benedictus", el cántico de Zacarías inserto en el capítulo 1 del Evangelio de san Lucas: "Nos visitará el sol que nace de lo alto, para iluminar a los que viven en tiniebla y en sombras de muerte".

La antífona "O Rex" del 22 de diciembre incluye un pasaje del himno a Jesús del capítulo 2 de la epístola de san Pablo a los Efesios: "El que de dos [es decir, judíos y paganos] ha hecho una sola cosa".

La antífona "O Emmanuel" del 23 de diciembre se concluye al final con la invocación "Dominus Deus noster": una invocación exclusivamente cristiana, porque solamente los seguidores de Jesús reconocen en el Emmanuel a su Señor y Dios.

Aquí entonces, inmediatamente a continuación, los textos íntegros de las siete antífonas, en latín y traducidas, resaltando las iniciales que forman el acróstico "Ero cras" y, entre paréntesis, las principales referencias al Antiguo y al Nuevo Testamento:


I – 17 de diciembre

O SAPIENTIA, quae ex ore Altissimi prodiisti,
attingens a fine usque ad finem fortiter suaviterque disponens omnia:
veni ad docendum nos viam prudentiae.

Oh Sabiduría que sales de la boca del Altísimo (Eclesiástico 24, 3),
te extiendes hasta los confines del mundo y dispones todo con suavidad y firmeza (Sabiduría 8, 1):
ven a enseñarnos el camino de la prudencia (Proverbios 9, 6).


II – 18 de diciembre

O ADONAI, dux domus Israel,
qui Moysi in igne flammae rubi apparuisti, et in Sina legem dedisti:
veni ad redimendum nos in brachio extenso.

Oh Señor (Éxodo 6, 2 Vulgata), guía de la casa de Israel,
que apareciste ante Moisés en la zarza ardiente (Éxodo 3, 2) y en el Monte Sinaí le diste la Ley (Éxodo 20):
ven a liberarnos con brazo poderoso (Éxodo 15, 12-13).


III – 19 de diciembre

O RADIX Iesse, qui stas in signum populorum,
super quem continebunt reges os suum, quem gentes deprecabuntur:
veni ad liberandum nos, iam noli tardare.

Oh Raíz de Jesé, que te elevas como bandera de los pueblos (Isaías 11, 10),
callan ante ti los reyes de la tierra (Isaías 52, 15) y las naciones te invocan:
ven a liberarnos, no tardes (Habacuc 2, 3).


IV – 20 de diciembre

O CLAVIS David et sceptrum domus Israel,
qui aperis, et nemo claudit; claudis, et nemo aperit:
veni et educ vinctum de domo carceris, sedentem in tenebris et umbra mortis.

Oh Llave de David (Isaías 22, 22), cetro de la casa de Israel (Génesis 49, 10),
que abres y nadie puede cerrar; que cierras y nadie puede abrir:
ven, libera de la cárcel al hombre prisionero, que yace en tinieblas y en sombras de muerte (Salmo 107, 10.14).


V – 21 de diciembre

O ORIENS, splendor lucis aeternae et sol iustitiae:
veni et illumina sedentem in tenebris et umbra mortis.

Oh Sol que naces de lo alto (Zacarías 3, 8; Jeremías 23, 5), esplendor de la luz eterna (Sabiduría 7, 26) y sol de justicia (Malaquías 3, 20):
ven e ilumina a quien yace en tinieblas y en sombras de muerte (Isaías 9, 1; Evangelio según san Lucas 1, 79).


VI – 22 de diciembre

O REX gentium et desideratus earum,
lapis angularis qui facis utraque unum:
veni et salva hominem quem de limo formasti.

Oh Rey de los gentiles (Jeremías 10, 7), esperado por todas las naciones (Ageo 2, 7), piedra angular (Isaías 28, 16) que reúnes en uno a judíos y paganos (Epístola a los Efesios 2, 14):
ven y salva al hombre que has creado usando el polvo de la tierra (Génesis 2, 7).


VII – 23 de diciembre

O EMMANUEL, rex et legifer noster,
expectatio gentium et salvator earum:
veni ad salvandum nos, Dominus Deus noster.

Oh Emmanuel (Isaías 7, 14), nuestro rey y legislador (Isaías 33, 22),
esperanza y salvación de los pueblos (Génesis 49, 10; Evangelio según san Juan 4, 42):
ven a salvarnos, oh Señor Dios nuestro (Isaías 37, 20).

__________


La revista en la que se publicó el artículo del padre Maurice Gilbert, "Le antifone maggiori dell'Avvento":

> La Civiltà Cattolica

__________


Traducción en español de José Arturo Quarracino, Buenos Aires, Argentina.


__________
17.12.2008 

domingo, 19 de agosto de 2012

61ª Semana de Estudos Gregorianos



Recomendamos vivamente a todos os interessados em música sacra litúrgica a frequência deste curso completo e leccionado por experientes docentes. Uma óptima desculpa para desfrutar da bela cidade de Viseu. Mais informações no site do Centro Ward - Júlia d'Almendra:

domingo, 31 de julho de 2011

Música própria do 18º Domingo do Tempo Comum / Dominica Decima Octava

Cristo na multiplicação dos pães e dos peixes.
Mosaico na Igreja de Santo Apolinário Novo em Ravena.
Partituras:
Próprio autêntico em PDF 
Ofertório autêntico com Versículos em PDF


Programa La Domenica con Papa Benedetto XVI, para reflectir sobre o Evangelho do dia através da arte e das palavras do Sumo Pontífice:




Intróito Deus in adiutorium meum intende, cantado pelo eslovaco:

Deus, para o meu auxílio presta-me atenção: Senhor, para minha ajuda apressa-Te: confundam-se e espantem-se os meus inimigos, os que querem a minha alma. Ps. Retrocedam avessos e envergonhem-se os que me querem mal.


Lêde o comentário de Giacommo Barófio a êste intróito (PDF).


Gradual Benedicam Dominum:

Bendirei ao Senhor em todo o tempo: sempre o louvor a Êle na minha bôca [estará]. V. No Senhor será louvada a minha alma: ouçam os mansos e alegrem-se.

No Domingo do Ano A, canta-se o gradual Oculi omnium.
Na 6ª feira dos anos ímpares canta-se Tu es Deus.
Nos Sábados dos anos pares canta-se Adiutor in opportunitátibus.


Alleluia Dómine Deus salútis meae, na interpretação do francês:

Aleluia. Senhor, Deus da minha salvação, de dia clamei, e de noite, diante de Ti.



Às 5ªs feiras canta-se Tu es Petrus.


Próximo vídeo:
0:00 intróito do ano A Sitientes venite ad aquas
2:35 Fulvio Rampi, maestro dos Cantori Gregoriani, explica as duas peças
5:37 Ofertório Precatus est Moyses in conspectu Domini Dei sui


Moisés orou à vista do Senhor seu Deus, e disse: Moisés orou à vista do Senhor seu Deus, e disse: «por quê, Senhor, Te iraste com o teu pôvo? Poupa a ira da Tua alma: lembra-Te de Abraão, Isaac, e Jacob, aos quais juraste dar a terra onde correm leite e mel.» E o Senhor foi aplacado da maldade que disse fazer ao Seu pôvo.
V.1. Disse o Senhor a Moisés: «enconstraste graça no meu olhar, e conheço-te antes de todos»: e, apressado, Moisés se inclinou por terra e adorou dizendo: Sei que és misericordioso mil vezes, afastando a iniqüidade e os pecados.

V.2. Disse Moisés e Aarão: disse Moisés e Aarão a toda a sinagoga dos filhos de Israel: aproximai-vos diante do Senhor: a majestade do Senhor apareceu na nuvem, e ouviu a vossa murmuração em tempo.




Nos Domingos em Ano C, canta-se Sanctificauit Moyses.



Comunhão Panem de caelo dedísti nóbis, Dómine cantada pelo Pedro francês:

O Pão do Céu nos déste, Senhor, tendo todo[s] o[s] deleitamento[s] e todo[s] o[s] sabor[es] de suavidade.



Lêde o comentário de Tiago Barófio a esta Comunhão (PDF).

À 6ª feira canta-se Qui vult venire post me.


Partituras e gravação de 4-8-2018:
ĩt. Deus in adjutorium http://pemdatabase.eu/image/1815
ky. http://pemdatabase.eu/image/4500
gl. http://pemdatabase.eu/image/11612
gr. Domine Dominus noster quam http://pemdatabase.eu/image/2431
al. Domine Deus salutis mee http://pemdatabase.eu/image/2431
of. Precatus est Moyses http://pemdatabase.eu/image/39331
sã. = ky.
ag. http://pemdatabase.eu/image/4501
cõ. Panem de celo http://pemdatabase.eu/image/1607
hỹ. Pange lingua
ãt. Salve Regina http://divinicultussanctitatem.blogspot.pt/2011/09/santa-missa-cantada-ao-domingo.html

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Música própria do 16º Domingo do Tempo Comum / Dominica Decima Sexta tempus per annum

Auxiliares para o estudo do Próprio:

Próprio completo segundo o Graduale Restitutum (PDF)


Ecce Deus adjuvat me, intróito do V modo, gravado na Missa da Igreja da Encarnação



Comentário de Tiago Barófio sobre este intróito:
Clicai e vêde.
Il testo del Missale Romanum di Paolo VI differisce notevolmente da quello tradizionale. L’introito gregoriano è costituito dai versi 6 e 7 del salmo 53. Il secondo verso è sostituito oggi da quello successivo (8): “A te con gioia offrirò sacrifici e loderò il tuo nome, Signore, perché sei buono”. Il verso 7 è stato omesso perché appartiene al genere letterario delle maledizioni o imprecazioni. Il salmista riflette sull’azione di D-i-o e afferma “Egli (D-i-o) renderà il male ai miei avversari; per la tua fedeltà distruggili”. Parole forti, spesso mettono in difficoltà l’orante. Il problema è complesso, ma almeno in questo caso è bene ricordare che noi moderni parliamo in termini astratti, l’orante semitico concretizza e personalizza la malvagità. D-i-o in forza della reciproca fedeltà che lo vincola al popolo, non può assistere passivo alla violenza che mette in pericolo la sua esistenza. Deve intervenire senza mezze misure. Deve distruggere.
Il cantore si sente sorretto dalla fede nella misericordia di D-i-o e nel fatto che Egli è il Padre di tutti, dei buoni come dei cattivi, dei santo e anche dei malvagi, dei virtuosi e degli assassini. La comprensione senza riserve, lo sforzo, talora eroico, di comprendere e di accogliere nel perdono ogni persona – dall’avversario più subdolo e violento a chi si avverte antipatico e disgustoso – non impedisce, anzi provoca nel credente un atteggiamento netto di totale avversione contro l’ingiustizia, la menzogna, la violenza. Contro ogni forma in cui si manifesta il Male mentre miete le prime vittime proprio tra coloro che diventano suoi paladini e finiscono per essere propagatori della malvagità. Amore nei confronti della persona, odio e disprezzo verso il male. Senza riserve, senza tentennamenti. “Sì sì, no no”. Il sì detto a D-i-o è tale soltanto se nel contrappunto della vita quotidiana è accompagnato dal no totale contro il Male. Il “ni” non appartiene al vocabolario del Vangelo.
Non è facile stare dalla parte di D-i-o, soprattutto in un momento storico, quello che sta scomparendo in questi giorni, in cui tutto è stato facile, tutto era permesso, soprattutto ai ricchi e ai politici. Nulla è precluso al signore moderno che si sente onnipotente e libero da ogni vincolo morale. Le cronache degli ultimi anni hanno raccontato fino alla nausea questa epopea balorda. Fino a quando tutto si sgretola. I sogni s’infrangono contro la dura realtà resa atroce dall’indifferenza cinica di quanti si sono arricchiti con la frode e la violenza.
Anche in questo disagio totale occorre saper amare e perdonare. All’ubriacatura alienante del lusso e della droga il cantore oppone la sobria ebbrezza dello Spirito. Si lascia ondeggiare nella culla della storia lungo la traiettoria del canto dell’introito. La melodia in fa autentico (V modo) si muove senza sosta percorrendo in salita e in discesa pochi passi tra il fa fondamentale e il do della dominante, passando e ripassando su una terza nota (la) sottolineandone l’importanza. La musica non presenta squarci d’intensità particolare, ma si muove con una dinamica ripetitiva e insistente per aiutare il cantore a ricomporre i frammenti della memoria in una supplica aperta al futuro. 
D-i-o è la roccia non scalfibile e non friabile, la sola piattaforma sulla quale si può costruire un edificio stabile e perenne. Sulla quale LUI edifica la Chiesa e la società umana con le pietre vive dei santi.
2013-07-21


1:40 Fulvio Rampi explica a estrutura do salmo responsorial gregoriano (chamado gradual por ser cantado de cima de um degrau, como que em ascensão a Deus). Notai que os Cantori seguem o Graduale Triplex nas suas utilíssimas interpretações.


Lêde o comentário (PDF) de Tiago Barófio à comunhão Acceptabis sacrificium iustitiae.

No Domingo do ano C canta-se a Óptimam partem.


Programa de canto gregoriano para a Missa do 16º Domingo do Tempo Comum ‒ Dominica Decima Sexta ‒  celebrada no dia 17 de Julho de 2011, às 12:30h na Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, Largo do Chiado nº 15, Lisboa, Portugal.

PROPRIUM
Introitus
Ecce Deus adiuvat me


Graduale
Domine Dominus noster
Alleluia (cum versiculo tono psalmodico)
Eripe me


Offertorium
Iustitiae Domini



Durante a Comunhão
Adoro Te devote
ORDINARIUM


Kyrie XVI
Gloria XV



Credo III


Sanctus XVIII
Pater noster
Agnus Dei XVIII

Post Missam
Salve Regina

Os musicalmente mais competentes podem usar a brochura com o Ordinarium, que também é facultada na igreja.

Tão-bem à vossa disposição as traduções do proprium desta semana.


Partituras e gravação de 21-7-2018:
ĩt. Ecce Deus adjuvat http://pemdatabase.eu/image/2431
ky. http://pemdatabase.eu/image/4500
gl. http://pemdatabase.eu/image/11612
gr. Si ambulem http://pemdatabase.eu/musical-item/43890 & v. Virga tua http://pemdatabase.eu/musical-item/43891
al. Eripe me http://pemdatabase.eu/image/2463
of. Justicie Domini recte http://pemdatabase.eu/musical-item/43892
ag. http://pemdatabase.eu/image/4501
cõ. Acceptabis sacrificium http://pemdatabase.eu/image/2419
hỹ. Pange lingua
ãt. Salve Regina http://divinicultussanctitatem.blogspot.pt/2011/09/santa-missa-cantada-ao-domingo.html

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Cânticos da Missa do Corpo de Deus, Solenidade dos Santíssimos Corpo e Sangue de Cristo / Corpus Christi, Sanctissimo Corporis et Sanguinis Christi









Ainda outra interpretação do intróito Introitus Cibavit eoshttp://youtu.be/FwDIHi0QaYU



Ainda sobre este intróito, escreveu Bruder Jakob:

«Tre piccole, incisive pennellate sonore caratterizzano il movimento melodico che s’innalza verso l’apice del messaggio di questo introito. “Cibavit”: la do-re fa; “et de petra melle”: do re fa sol; “saturavit”: re... fa-sol-la (salicus). Nella traduzione latina D-i-o ha saziato il suo popolo. La pienezza appagante ogni necessità è raggiunta grazie al fior di frumento e al miele di roccia, due doni sottolineati dall’insistenza sul fa (adipe) e dal gioco tra fa e sol (melle). Gli alleluia (1 + 3) danno voce all’accoglienza del dono. Esso è ricambiato con il sacrificio di lode intorno al quale i versetti della salmodia tessono alcune variazioni (Exultate, iubilate, sumite psalmum, date tympanum ...).

»Il salmo 80, 17 nella liturgia è riletto in chiave eucaristica e la tradizione all’unanimità ha cantato questo introito il lunedì dopo Pentecoste. Il cibo non è più sostentamento di viaggi impervi e avventurosi attraverso il deserto che si distende davanti agli esuli per quaranta anni. Ieri come oggi la Chiesa raccoglie i pellegrini dell’Assoluto che necessitano di alimenti ben più sostanziosi, dell’unico cibo che può essere pane di vita e bevanda di salvezza: il Corpo e il Sangue del Figlio crocifisso, sacerdote, altare e vittima nella forza dello Spirito santo.

»Nutrirsi dell’Agnello senza macchia per mille e mille anni pone due condizioni: 1] il dono che Gesù Cristo ha fatto di sé; 2] la possibilità di reiterare quel dono in ogni tempo e in ogni spazio. Quest’ultimo aspetto è forse ancora più sconvolgente del primo, perché comporta un superamento della condizione umana. Il Verbo incarnato, vero D-i-o, si è fatto uomo. Con il dono dell’Eucaristia e la consegna ai suoi discepoli (“fate questo in memoria di me”), un individuo fragile, com’è sempre il sacerdote ordinato, diviene Cristo stesso. Nella celebrazione dell’Eucaristia – chiunque egli sia, in stato di grazia o peccatore, bianco o nero, brillante o mediocre – il sacerdote attualizza e rende presente il dono. Prende il pane, lo spezza, lo offre ai fratelli e alle sorelle. Gesti umani divengono divini nel momento in cui pronuncia le parole “Prendete e mangiatene tutti: questo è il mio Corpo ...”.

»Il testo ebraico del salmo 80 (81), 17 ricorda che D-i-o è sempre pronto a sopperire ai bisogni più urgenti e vitali del suo popolo. A una condizione. “Iddio gli farebbe mangiare ... Io farei uscire succhi dolci perfino dalla rupe per saziarli” (trad. M. E. Artom; simile M. Buber). Le parole precedenti del salmo indicano in modo esplicito che il popolo non ha voluto dare retta al Signore, non l’ha seguito, ha rifiutato il suo dono preferendo gli idoli.
»Un cantore non ha la vocazione e il mandato di un sacerdote ordinato. Attraverso il suo canto non opera un fatto unico com’è la transustanziazione. Ma il cantore è pur sempre un profeta, attraverso la cui voce Cristo si fa presente. Presenza inquietante e consolatoria, illuminante sino a diventare accecante. Presenza che nutre il popolo di D-i-o a condizione che il cantore e l’assemblea abbandonino le seduzioni degli idoli e si mettano in ascolto assetati della Parola.
»Il diuturno ruminare la Parola nato da un amore appassionato – Lectiones sanctas libenter audire, confida san Benedetto – è la condizione prima per partecipare al banchetto nuziale di Cristo, Verbo abbreviato nelle Scritture e presente, pieno di vita, nell’Eucaristia.»


Graduale Oculi omnium:
http://youtu.be/BB28bC7wZWc

Salmo responsorial simples para o Ano B, em Canto gregoriano em Português: Tomarei o cálice da salvação (PDF) da autoria de Ricardo Marcelo, e cantado pelo dirigente coral do Oratório de São Josemaría Escrivá em Lisboa (MP3)!



Alleluia Caro Mea vero est cibus:
Sequentia Lauda Sion, cantada pelo eslovaco:
Communio Qui manducat:

Ainda sobre esta antífona de comunhão, escreveu Bruder Jakob:
Il Missale Romanum e il Graduale sono d’accordo nel proporre come antifona il testo di Gv 6,56, uno stralcio dal Vangelo odierno (Gv 6, 51-58).

La melodia in fa plagale si sviluppa lungo due archi. Il primo, più ampio, inizia dal do grave, si sofferma in modo vigoroso sul fa (“Qui manducat”) con due virgae episemate, si allarga un poco su “carnem meam” per sottolineare, se fosse necessario, di chi è la carne offerta in cibo. L’ascesa trova il culmine sull’altipiano sonoro del do acuto che evidenzia “sanguinem meum”, prima di concludere serenamente con la promessa “in me manet”. Nel secondo arco il discorso prosegue annunciando un altro aspetto della situazione: “et ego in eo”. Affermazione impegnativa (“dicit Dominus”) sia per chi pronuncia queste parole – il Signore Gesù – sia per quanti sono interpellati, ieri i discepoli, oggi tutti noi.

Penso talora con un misto di vergogna/panico/ironia al giorno precedente la prima Comunione. “Guai se toccate l’Ostia con i denti. Gesù si fa male!!!”. Per evitare questo pericolo e difendere l’incolumità di Gesù hanno inventato delle ostie di “carta velina” che si squagliano in un baleno. Eppure il Signore è stato chiaro: il banchetto eucaristico non è una rappresentazione teatrale, tanto meno una farsa per dare un contentino alle folle affamate e assetate di cibo materiale e ancor più di verità, giustizia, libertà, pace.

Non si tratta né di digiunare né di crepare per un’insana abbuffata (quando nella chiesa dei Salesiani, di fronte a casa, c’erano varie Messe in contemporanea alle 7,00 del mattino, alcune persone facevano a gara per farsi dare il maggior numero possibile di Ostie, saltellando da un altare all’altro al momento opportuno…). In gioco c’è semplicemente la nostra vita che ha bisogno di nutrimento. Vita che sperimentiamo nel quotidiano e nelle varie vicende dell’avventura sociale, certo. Ma questa è soltanto una premessa che ci aiuta a dirigerci verso la Vita, nel Vivere cioè in Cristo. A partire dalla Messa, dall’Eucaristia adorata nel silenzio, di giorno e di notte.

Il Cristo abbreviato nella materia del pane e del vino è lo stesso che si dona a noi – a tutte le ore e in tutte le circostanze (per chi si lamenta che le chiese sono spesso sbarrate e inaccessibili) – abbreviato nella Parola. Parola che possiamo leggere dai libri in molte lingue, tanti formati e edizioni. Parola di cui possiamo nutrirci, forse con maggior attenzione, dal libro della memoria dove lo Spirito santo l’imprime in modo indelebile.

Punto nodale dell’esistere cristiano rimane l’Eucaristia, un modo di essere di Cristo l’ “Emmanuele”, il D-i-o con noi. Per questo motivo, almeno una volta l’anno, il cantore invita tutti a lodare “in hymnis et canticis” colui che ci guida e ci fa da pastore. Seguendo la traccia scritta da san Tommaso d’Aquino – che per la musica del Lauda Sion Salvatorem ha ripescato la melodia parigina della sequenza Laudes Crucis attollamus – ci rendiamo prima di tutto conto della nostra insufficienza “Quantum potes, tantum aude, quia maior omni laude, nec laudare sufficis”. Ciò nonostante, non bisogna retrocedere: “Sit laus plena, sit sonora, sit iucunda, sit decora mentis iubilatio”. Anche per noi vale l’esperienza “umbram fugat veritas, noctem lux eliminat”.“

Ecce panis angelorum, factus cibus viatorum, vere panis filiorum … Bone Pastor, panis vere, Iesu, nostri miserere … Tu nos bona fac videre in terra viventium”.



Às 18h na Igreja do Santíssimo Sacramento, Lisboa:

Celebração na forma ordinária do rito latino da Igreja Católica presidida pelo Padre Armindo Borges, o qual assegura, praticamente sozinho, toda a música ‒ ordinário e próprio ‒, para além, evidentemente, das partes do celebrante, em latim e integralmente cantadas.

Ditas e em português, apenas as leituras ‒ o cântico após a primeira leitura, vulgarmente um salmo responsorial, será um graduale, em linha com a tradição secular do rito latino e de acordo com a Instrução Geral do Missal Romano.

Esta celebração, que aos domingos e dias de preceito tem lugar às 18:00 horas na Igreja do Santíssimo Sacramento, foi antecipada para as 16:15, no mesmo local, em virtude da realização da procissão do Corpo de Deus.

Todo o católico, fiel ao Magistério e ao Papa ‒ ao actual e a todos os anteriores ‒, que ama a liturgia do rito latino, deve organizar o seu dia de modo a poder participar nesta celebração, rigorosamente canónica e sumamente sagrada.

Faça-se munir de um missal bilingue, para poder acompanhar a celebração, e da tradução portuguesa do proprium desta missa; se sabe ler música, apetreche-se com o Graduale Romanum ou Graduale Triplex para poder cantar as partes que competem à assembleia e, eventualmente, associar-se ao Pe. Armindo Borges no canto do ordinário e do próprio.

Para aqueles pouquíssimos leitores do Divini Cultus Sanctitatem que não têm nenhum dos graduais acima mencionados, aqui ficam os cantos e as orações da missa de hoje ‒ SS.mi Corporis et Sanguinis Christi ‒ numa versão bilingue, latim-(hélas)inglês, graças às diligências do inestimável sítio da Church Music Association of America ‒ Musica Sacra ‒ extraído do Gregorian Missal.

NB: o Pe. Armindo é da escola de interpretação do canto gregoriano dita «de Solesmes» (não semiológica, portanto).

domingo, 8 de maio de 2011

O Graduale Romanum: a opção musical mais apropriada para cantar a missa

Mais apropriada aos mais diversos níveis.
Neste texto, o autor realça a adequação eclesiológica: canta-se na missa os textos e a música que a Igreja indica como os próprios para uma determinada celebração. Textos que não são escolhidos ao sabor da inspiração do maestro ou do pároco, mas são dados pela Igreja através do Graduale Romanum, tal como as leituras são indicadas no Leccionário e as orações ― Oração colecta, Oração sobre as oblatas e Oração após a comunhão ― são indicadas no Missal Romano; umas e outras ― antífonas e respectivos versículos do Graduale Romanum ―, leituras e orações, constituem uma unidade que dá pelo nome de Liturgia Eucarística. Não se pode mexer nos seus elementos sem perturbar a integridade da celebração Eucarística.

Cantando a música indicada pela Igreja no Graduale Romanum (ou, alternativamente, no Graduale Simplex, nas comunidades que não dispõem de meios humanos para cantar o repertório gregoriano clássico, de acordo com o pedido na Sacrosanctum Concilium, nº 117 e operacionalizado na Instrução Geral do Missal Romano), consegue-se tirar do centro da Liturgia quem lá não deve estar ― o maestro do coro, o padre, a assembleia ― e pôr Cristo no seu lugar próprio, através do uso de textos desde sempre interpretados pela Igreja à luz do acontecimento fulcral da história da humanidade: a Encarnação, Morte e Ressurreição de Deus, em Cristo.

In Roma Locuta Est:
(...) [T]he fact remains that Holy Mother Church has given us a liturgical hymnbook: the Graduale Romanum. In this book, one will find the ancient Gregorian chants. But what many will be surprised to find is that the Church has given us specific chants for every Sunday of the year in the places that we currently sing “hymns.” For any given Mass, there are prescribed chants for the Introit (think here of the “Opening Hymn” you are used to hearing), the Gradual (“Responsorial Psalm”), the Offertorio (“Offertory”), and the Communio (“Communion Song”). Most of these date back more than a thousand years. Of course, in the Graduale Romanum, one will find the chant written in Latin. However, vernacular versions of these exist. What is key is that the liturgical rubrics, while they permit hymns, call for a preference given to these chants. Vatican II itself held that the Gregorian chant tradition should enjoy a “pride of place” in our liturgies.

(...) The surest way to deal with this problem is to give people the sense that they are not the center of reality, nor are they the source. (...)  The liturgy is a reality that is given to us, not one that is created by us. In fact, it is in the liturgy itself that we find our own fulfillment. When we go to Mass, we participate in reality itself, something that is much bigger than us. If we see the Liturgy as something that we fit into rather than something that fits into our lives, we can come to understand that we are not the center of reality: God is.

The problem is, as has been observed on several observations over the past decade, there is an increasing narcissism even within the liturgy itself: both priests and people come to think that the liturgy is something that can be created and recreated with the fickle winds of changing culture. (...) What remains to be fixed is the same problem in the hymns that are often chosen for Sunday worship. Many of the modern hymns focus on man rather than God (...). Quite simply, these hymns are self-centered rather than God-centered.

Contrast this with the use of the Graduale Romanum. These chants have been given to us by the Church, each carefully constructed around sacred texts in order to serve as a sort of lectio divina for the readings of the day. (...) Unlike a hymn, which marches forward towards a climactic conclusion, chant allows the listener to rest in contemplation, a mirror of the eternity which we, God willing, will experience someday. But another part is due to the words, which become primary (unlike modern pop music, where the words are often a later add-on to an already existing rhythm/chord structure).

Perhaps the most important point, however, is the fact that the music of the Mass inevitably (forgive the pun) sets the tone of the entire celebration. It stands to reason, then, if we employ a music that is provided for us by the Church (not to mention encouraged by the rubrics), then the people will better understand that the liturgy itself is given and not created. If they come to understand the liturgy, which is the objective center of reality, in this manner, then they will come to see that they are not the center of reality. Thus, my rapid fire, probably incomplete, but hopefully coherent, argument that an antidote for the rise in narcissism is Gregorian Chant. Save the liturgy, save the world.

sábado, 7 de maio de 2011

Discurso do Papa aos membros do Instituto Litúrgico Santo Anselmo

Discurso do Papa sobre a liturgia, a 6 de Maio de 2011.
Alguns destaques; texto integral depois da quebra:
(...) Na véspera do Concílio, de facto, parecia cada vez mais viva, no campo da liturgia, a urgência de uma reforma, postulada também pelas petições realizadas por diversos episcopados. Além disso, a forte demanda pastoral que motivava o movimento litúrgico requeria que se favorecesse e suscitasse uma participação activa dos fiéis nas celebrações litúrgicas, através do uso de línguas nacionais, e que se aprofundasse na questão da adaptação dos ritos às diversas culturas, especialmente em terra de missão. Além disso, mostrou-se clara desde o início a necessidade de um estudo mais aprofundado do fundamento teológico da Liturgia, para evitar cair no ritualismo ou promover o subjetivismo, o protagonismo do celebrante, e para que a reforma estivesse bem justificada no âmbito da Revelação e em continuidade com a tradição da Igreja (...). 
(...) [O] título escolhido para o Congresso do Ano Jubilar é muito significativo: "Instituto Pontifício: entre memória e profecia". Quanto à memória, devemos observar os frutos abundantes suscitados pelo Espírito Santo em meio século de história, e assim devemos agradecer ao Dador de todo bem, apesar também dos mal-entendidos e erros na realização efetiva da reforma. Não podemos deixar de recordar os pioneiros, presentes na fundação da Faculdade: Cipriano Vagaggini, Adrien Nocent, Salvatore Marsili e Burkhard Neunheuser, que, ao acolherem os pedidos do Pontífice fundador, se empenharam, sobretudo após a promulgação da Constituição conciliar Sacrosanctum Concilium, em aprofundar na "função sacerdotal de Cristo. Nela, os sinais sensíveis significam - e, cada um à sua maneira, realizam - a santificação dos homens; nela, o Corpo Místico de Jesus Cristo - cabeça e membros - presta a Deus o culto público integral" (n. 7). 
A Liturgia da Igreja vai além da própria "reforma conciliar" (cf. Sacrosanctum Concilium, nº 1), cujo objectivo, de facto, não era principalmente o de mudar os ritos e gestos, mas sim renovar as mentalidades e colocar no centro da vida cristã e da pastoral a celebração do mistério pascal de Cristo. Infelizmente, talvez, também pelos pastores e especialistas, a liturgia foi tomada mais como um objecto a reformar que como um sujeito capaz de renovar a vida cristã, a partir do momento em que "existe um vínculo estreito e orgânico entre a renovação da Liturgia e a renovação de toda a vida da Igreja. A Igreja extrai da liturgia a força para a vida". Quem nos recorda isso é o Beato João Paulo II, na Vicesimus quintus annus, na qual a liturgia é considerada como o coração latente de toda actividade eclesial.

Por que é que o Canto Gregoriano é melhor para cantar a missa?

Um leitor do Padre Z. pergunta e o pe. responde. A resposta é essencialmente litúrgica, logo cristocênctrica, com ênfase na adequação ao objectivo primeiro e último da liturgia eucarística: o culto de Deus, por Cristo Seu Filho, que se oferece como oferenda, oblação e sacerdote (com algumas considerações estéticas de permeio).
Se o assunto lhe interessa, leia também os comentários dos leitores do blogue, alguns dos quais são muito instrutivos nesta matéria:
From a reader:
Forgive me my ignorance – I am a relatively new Catholic, coming from the Methodist tradition. Why is Gregorian Chant more appropriate for Mass than “Gather Us In?” I like “Gather Us In.” It is singable even for the unmusical among us, and it reminds us that Jesus calls each of us by name.
As a preamble, music for liturgical worship is not a mere add on or decoration. It is liturgical worship. Therefore the texts used should be sacred texts. The texts of those ditties [NdE: cançonetas] mentioned in the question are not sacred, liturgical texts. They are not the prayer of the Church. Moreover, the music for liturgical worship should be art. The ditties mentioned above are not art. In fact, they are at about the level of the theme-song of Gilligan’s Island. They are not worthy of use in the sacred liturgy. They are just bad music.

When we sing hymns or ditties in the place of the assigned texts of Mass, we cut the legs out from under our proper liturgical worship and shortchange ourselves, obscuring what Christ the High Priest wants to give us through Holy Church’s choice for our liturgy.

Another view is that the Church herself told us what music should be preferred: Gregorian chant and polyphony. I think we should do as the Council asked.

If we think we need music of no greater depth than the old Armour hot dog commercial tune in order to feel we are being “called by name” by Jesus, then we are in serious trouble. Game over.

The ditties mentioned above, and their like, foster a purely immanent sense of God and what goes on during liturgical worship, underscoring a notion that what we do in church is all about what we do and suppressing the essentially important dimension of God’s mystery and transcendence, without which we cannot have true Catholic liturgical worship of God according to the virtue of religion and a properly oriented Catholic identity.

This is all very black and white and brutal, but I wanted to be brief and get out one view of the question. There are other points of view, which I am sure readers will share.

This’ll be good.
E, com efeito, alguns dos comentários merecem destaque:
To put it as brutally as possible, “Gather Us In” is camp. It takes the seriousness of the occassion and injects frivolousness. And let me make a very important point: It does not matter if the lyrics are theologically and doctrinally sound. The music itself is frivolous. Here’s a helpful test. Remove the lyrics and listen to the music. Does this music sound like it would perfectly at home in/at:

A. A rock concert
B. A new-age aroma therapy/massage parlor
C. A merry-go-round or organ-grinder with monkey
D. A Broadway Musical
E. A Church

If the answer is anything other than E, throw it out!
Um outro:
I think that the converse of the Vatican II statement, “The Church acknowledges Gregorian chant as specially suited to the Roman liturgy,” is that if a priest is celebrating the Roman liturgy in such a away that Gregorian chant is not suitable, then the liturgy is not being celebrated correctly.
E, finalmente, o comentário mais estruturado, o qual recorda que os hinos tradicionais gregorianos vêm da Liturgia das Horas e que é esse o seu lugar:
Just a quick explanation of what we are talking about when we refer to Gregorian chant, and what makes it integral to the Mass rather than an add-on:

The parts of the Mass that are meant to be sung can be divided into the “ordinary” parts, which are always the same, and the “proper” parts, which change each day. The “proper” parts of the Mass include, among other things, texts meant to be sung during the entrance procession, at the offertory, and during communion. These texts are given in Latin with their traditional Gregorian chant melodies in an official liturgical book called the Roman Gradual. (There is another set of proper texts contained in the Roman Missal, which are intended for spoken, rather than sung, Masses. The Missal does not contain music for these.) These proper texts are assigned for each day of the year in the same way as the readings in the Lectionary. We can’t just open the Bible and pick any readings we want; we have to use the ones assigned by the Church. This is supposed to be how the music at Mass works too.

In the Extraordinary Form, the proper texts must always be sung in a High Mass. You can add extra music if you have time, but you can’t omit the propers. The Ordinary Form, however, permits “another suitable song” to be used their place. That option, while not preferable, has become the default, which is why at most parishes, there are four hymns sung during Mass and no one even knows that the propers exist. Our liturgical worship is greatly impoverished as a result.

Of course, there is nothing intrinsically wrong with hymns (although some, like “Gather Us In”, lack artistic merit and are doctrinally questionable.) Hymns have a long history of use in the Divine Office (where they actually are liturgical texts) and in devotional prayer. The way they are currently used at Mass, though, is problematic. Allowing anyone to choose any song they want opens a giant loophole for individual musicians and liturgists to impose their own preferences and theological views on the Church’s public worship. This contributes to making the liturgy radically different from one parish to another and thus weakens our Catholic identity.
Chegámos a esta entrada através de uma outra do The Recovering Choir Director, ele próprio autor de vários textos sobre o problema.

sábado, 23 de abril de 2011

Cânticos de 5ª-Feira Santa, Missa da Ceia do Senhor / In Coena Domini




1ª Antífona para o lava-pés, Postquam surréxit Dóminus, cantada pelo eslovaco: Depois que o Senhor Se levantou da mesa, meteu água na bacia, pôs-Se a lavar os pés dos discípulos: foi êste o exemplo que lhes deixou.



2ª Antífona para o lava-pés, Dominus Iesus cantada pelo francês Pedro-Manuel Desmazeiros: O Senhor Jesus, depois que ceou com seus discípulos, lavou os pés deles, e disse-lhes: Sabeis o que vos fiz, Eu (que sou vosso) Senhor e Mestre? Um exemplo vos dei, para que vós assim façais.





Padre Paulo Ricardo explica o cântico processional do Ofertório Ubi caritas:


Este cântico foi considerado pelo Papa Paulo VI como um dos mais importantes do reportório gregoriano. Gravação pelo eslovaco:




«Os Evangelhos na Arte: 5ª-feira Santa»Programa da TV 2000, graças a enzop82.




The Fourth Cup - Dr. Scott Hahn

Dr. Scott Hahn shows us how the Catholic Understanding of the Mystical Body of Christ, embodied in the Church and revealed anew in the Holy Eucharist, comes directly from the Bible. He places the Last Supper in the context of the Jewish Passover Seder liturgy. By explaining the significance of the drinking of the fourth and final cup in the Old Testament Passover meal ceremony, Dr. Hahn draws a symbolic parallel to Christ’s death on the Cross. It is an exciting concept, that will help listeners discover a whole new dimension to Holy Mass, and the relationship of the Last Supper to the Eucharistic celebration.






Em Portugal, temos uma famosa Última Ceia do escultor francês Hodart, no Museu Nacional Machado de Castro em Coimbra; visitai-a:

http://www.rtp.pt/play/p1623/e165746/visita-guiada


Por favor comentai dando a vossa opinião ou identificando elos corrompidos.
Podeis escrever para:

capelagregorianaincarnationis@gmail.com

Print Desejo imprimir este artigo ou descarregar em formato PDF Adobe Reader

Esta ferramenta não lida bem com incrustrações do Sribd, Youtube, ou outras externas ao blog. Em alternativa podeis seleccionar o texto que quiserdes, e ordenar ao vosso navegador que imprima somente esse trecho.

PROCURAI NO BLOG