sexta-feira, 15 de março de 2024

Turco: a oscilação entre os modos de Ré e Mi e as opções de restituição melódica no Gradule Novum

 

Continuamos a tradução e republicação dos excelentes artigos contidos no 

Boletim informativo do centro de Canto Gregoriano «Dom Jean Claire» - Verona
n° 1 - Janeiro - Abril 2019

 

Alberto Turco

Influência da escrita «diastemática» na determinação do modo

Fontes:


Alb

cod. Paris, bibl. Nat. lat. 776, Gradual-Tropário de Gaillac, séc. XI, notação aquitana diastemática sem linha

BenA1

cod. Benevento, Bibl. Cap. 19-20, Breviário-Missal, séc. XII, notação beneventana sobre linha

Ben5

cod. Benevento, Bibl. Cap. 34, Gradual-Tropário-Prosário, séc. XI-XII, notação beneventana sobre linha

Dij

cod. Montpellier, Bibl. del la Faculté de Médecine H. 159, Gradual, séc. XI, notação francesa adiastemática e alfabética

Ein

cod. Einsiedeln, Stiftsbibl. 121, Gradual, séc. X segunda metade, notação sangalesa adiastemática

Klo1

cod. Graz, Universitätsbibl. 807, Gradual, séc. XII, notação lorenesa de Klosterneuburg sobre linhas

Pla1

cod. Piacenza, Bibl. Cap. 65, Tonário-Calendário-Gradual (ff. 150-230) - Tropário-Sequenciário-Antifonário de Piacenza, séc. XIII início, notação sobre linha

Sta1

cod. London, Bibl. Mus. add. 18031-32, Missal de Stavelot, sec. XIII início, notação gótico-renana sobre linha

Van2

cod. Verdun, Bibl. Mun. 759, Missal, séc. XIII primeira metade, notação lorenesa sobre linha

Wor

cod. Worcester, Cap. F 160, Antifonal e Gradual, dos ff. 249, séc. XIII, após 1230, notação quadrada sobre tetragrama.

AM

Antiphonale Monasticum pro diurnis horis, Parisiis, Tornaci, Romæ, 1934

GT

Graduale Triplex, Solesmis, MCMLXXIX

Hospeda-se na revista «Studi Gregoriani», ano XXXII, 2016, pp. 33-64, um artigo sobre a chamada restituição melódica magis critica do Graduale Romanum (= Graduale Triplex), intitulado «Mudança de modo ou notas cromáticas em relação ao texto» de Franco Ackermans. No seu interior há um parágrafo curioso, mas muito caro a um dos membros da redacção do Graduale Novum, que diz: «Necessidade do Fá sustenido. Categoria I. Mudanças entre Protus e Deuterus". Em apoio desta tese, vem citado o exemplo da Co. Passer invénit (GT 306) [1] e In. Miserere... conculcavit (GT 125), da qual hoje temos a melodia na edição do Graduale Novum, II [2], p. 71.

[1] A restituição melódica da presente comunhão encontra-se em Liber Gradualis, III, Verona, 2011, p. 32.
[2] A restituição melódica já havia sido antecipada na revista Beiträge zur Gregorianik, Band 55, Regensburg, 2013, pp. 36-38.

O facto singular do presente intróito não passou despercebido aos especialistas gregorianos, como E. Cardine, J. Claire, J. Hourlier, J. Froger, etc. durante os trabalhos de elaboração das Tabelas da «Édition Critique» do Graduale Romanum tendo em vista uma futura restituição melódica [3].

Factos compositivos deste género são frequentes no repertório do Ofício. Um exemplo extraordinário de ambivalência protus/deuterus ocorre no timbre modal da antífona Cæcília, fámula tua. Eis as duas versões melódicas:

- em protus (BenA.1.262, Pla1.418, Wor.407);


- em deuterus (AM 1140).

[3] Cf. Tabelas 759-760 do In. Miserere ... conculcavit.

A história do Ofício ensina-nos que o presente timbre modal teve origem no protus. A versão em deuterus, limitada no número de antífonas, chega num segundo momento.

As duas versões melódicas, em transposição hexacordal com cadência final Ré e Mi, compartilham a mesma escala, em dominante Mi e em cadência final Lá. A mudança de modo ocorre na parte grave da melodia (argumentósa desérvit), através da posição diferente dos semitons da corda móvel. Observe-se a seguinte tabela:

(protus)




(deuterus)

LA


MI


SI

sol


re


la

fa


do


sol

mi

← bequadro

si

bemol

fa

re


la


mi

Aqui está a melodia na escritura de Mi, da qual se origina a antífona:

Pois bem, na história do canto gregoriano não há quaisquer vestígios de escritura que na fórmula conclusiva desta antífona, com cadência final Mi (deuterus), tenha sido atribuído o intervalo de semitom do Fá sustenido, para regressar ao contexto melódico original do protus, adoptando então o 3º tom salmódico. Poder-se-á encontrar nas fontes manuscritas uma adaptação melódica para passar da escrita em deuterus àquela de protus; por exemplo, baixando a última frase em um grau melódico: neste caso, em argomentόsa, atacar com fa-fa-mi-do- etc.; mas absolutamente não introduzindo o Fá sustenido na escrita em deuterus em Mi.

O nascimento do deuterus a partir do protus é possível, reiteramos mais uma vez, pelo facto de os dois modos se originarem da mesma escala. A mudança na posição dos semitons na corda móvel no grave não é um facto de “oscilação” e, muito menos, um episódio “cromático”. A escolha de um modo em detrimento de outro, neste caso deuterus ou protus, depende da época da composição, das tradições regionais e, não raro, do neumista, que privilegia ou transcreve os sons do incipit para o espaço e não para a linha da pauta musical. Tudo isto pode constatar-se na análise das grandes «Tabelas» do atelier de Solesmes, elaboradas sob a direção de Dom A. Mocquereau.

Dito isto, vamos ao problema do In. Miserére... conculcávit.
As Tab.759-760 da Édition Critique de Solesmes reportam três diferentes escrituras das fontes manuscritas diastemáticas do referido intróito:
- incipit em Mi, cadência final Mi e 3º tom salmódico: Klo1.76v, Alb.51v;
- incipit em Ré, cadência final Ré e 1º tom salmódico: Ben5,99;
- incipit em Lá-↑Si-bemol, cadência final na nota grave, Lá, e 1º tom salmódico: Sta1.129 e Van2.74v, com a única excepção da nota da sílaba final de bellans.
A coerência entre a escrita e a estrutura modal dos referidos manuscritos dá a versão magis critica da peça. Eis a versão melódica

- em protus


Em Ben5, a dicção melódica do porrectus no acento de bellans é traduzida correctamente com o uníssono (sol-fa-fa) em vez de sol-mi-fa (ambivalência melódica do porrectus).

- em deuterus


A melodia:

A peça constitui-se de duas frases melódicas, cada uma subdividida em dois membros. O primeiro membro (Miserére mihi Dόmine) é representado pela fórmula de entoação completamente "original" de um género melódico silábico e comum aos correspondentes incipits semi-ornamentados de deuterus: cfr. In. Ego clamávi (GT 354), In. Repleátur (GT 246), In. Vocem iucunditátis (GT 229), etc.. Estende-se dentro da quinta modal, repropondo os graus melódicos da fórmula de centonização modal do timbre de protus/deuterus da antífona Cæcília, fámula tua. De todo originais são os três torculus de ornamentação e de preparação aos outros tantos neumas monossónicos de articulação na corda dominante. No topo de cada um deles, as letras do manuscrito de sangalês de Ein visam a sua interpretação agógica: celeriter, no primeiro; celeriter-sursum (s = sustenta) no segundo; sursum, no terceiro.
O segundo membro (quόniam conculcávit me homo) ainda se estrutura na quinta modal com a elevação do acento melódico privilegiado de “concul--vit”.

O primeiro membro da segunda frase (tota die bellans) marca a passagem da quinta para a quarta corda dominante. Os neumas de acento melódico-verbal de die e bellans estão dispostos em progressão melódica descendente, com cadência final na subtónica. No último membro da frase (tribulávit me) a melodia move-se em função da corda estrutural da cadência redundante.

A composição: 

A composição do presente intróito é o resultado da centonização de duas fórmulas ou, melhor, de dois membros de frase, diferentes entre si:


miserére mihi Dόmine

fórmula inicial genérica


quόniam conculcávit me homo

deduzida do contexto composicional de deuterus


tota die bellans

fórmula genérica de ligação intermediária


tribulávit me

deduzida do contexto composicional de protus

Pois bem, a simbiose texto-melodia dos dois citados explica a centonização do nosso intróito:

- quόniam conculcávit me homo tem a mesma estrutura literária que quόniam exaudίsti me, Deus, do In. Ego clamávi (GT 354);

- a conclusão monossilábica de tribulávit me equivale à de vόluit me, do In. Factus est (GT 281).

Duas fórmulas de centonização, provenientes de modos diferentes que contribuem para a formação de uma única peça. Aqui está a versão da peça, na escrita melódica em que se originam os dois modos:

Os manuscritos Van2 e Sta1 utilizaram esta escrita, na versão melódico-modal protus, com o 1º tom salmódico; enquanto Ben5 e Klo1 utilizaram escrita diferente, na versão de transposição hexacordal: a primeira, em cadência final Ré (protus) e 1º tom salmódico; a outra, em cadência final Mi (deuterus) e 3º tom salmódico.

Portanto, as fórmulas de deuterus e protus podem coexistir e concorrer para a formação de uma mesma peça. Na verdade, as notas estruturais e as cordas dominantes (Lá e Sol) são comuns aos dois modos (protusdeuterus); mas cada uma delas tem uma linguagem própria, um vocabulário próprio, representado pelas chamadas notas de ornamentação. Portanto, na versão melódica do Graduale Novum II, na pág. 71, o Fá sustenido introduzido no último membro da frase não é uma transposição hexacordal e muito menos um facto de oscilação, mas sim uma transcrição "material" tout court de uma fórmula [4] da escrita e do contexto compositivo em cadência final Ré para a escrita e o contexto de composição em cadência final Mi. A que propósito? Para poder encaixar a escrita do 3º tom salmódico. Esta operação chama-se: Corruptio optimi pessima!

[4] A fórmula expressa um motivo musical completo do ponto de vista melódico e estruturado numa determinada nota modal de um contexto composicional e rastreável a uma das cordas originárias de Dó (= Fá e Sol, em transposição hexacordal), de Ré (= Lá e Si natural agudo; Sol e Si bemol à terça), de Mi (= Si e meio-tom fixo acima; Lá e Si bemol acima).

Os manuscritos mais representativos da Édition Critique solesmense ensinam que surgiram duas tradições em relação ao intróito em questão. Os três escritos sobre pauta, perfeitamente coerentes entre si, testemunham isso. Poderia tomar-se a versão em deuterus de Klo1, o tradutor de Ein, ou a versão em protus de Ben5, Sta1, Van2. Esta última versão foi, com boa probabilidade, a de maior sucesso para a fórmula do último membro da peça. Isto também pode ser verificado em outros dois manuscritos, como Dij.16 e Clu2.61v, que abaixaram a fórmula final de tribulávit me, trazendo-a de volta ao contexto composicional de protus, com o 1º tom salmódico.

Gosto de concluir com algumas “notas” manuscritas (30 de março de 1989) de Dom J. Claire:

Influência da escrita
Nas regiões onde mais cedo se escreveu sobre pautas, conservaram-se as versões autênticas (Aquitânia, Benevento). Nas regiões onde mais tarde se usou a pauta, escreveram-se as versões deformadas (Suíça, Baviera, Áustria), donde se explica a estupidez do antifonário suíço [5]. Nas regiões onde se escreveu em neumas (área gregoriana), os cortes passaram-se ​​intactos para a escrita em pauta. Nas regiões onde não havia necessidade alguma de escrever em neumas (ROM, MIL; para Milão, temos testemunhos em neumas), pois que a tradição oral não sofrera qualquer atentado, escreveu-se (em pauta) como se pôde, sem modelo para os cortes tradicionais.

[5] Neste Antifonário, as antífonas em deuterus terminam em Fá em vez de Mi. Hoje é o caso do emprego do Fá sustenido!

Sessantini: há que unir todos os gregorianistas e exigir-lhes elevada qualidade científica


Damos início à tradução e republicação dos excelentes artigos contidos no 

Boletim informativo do centro de Canto Gregoriano «Dom Jean Claire» - Verona

 

Editorial
PARA ONDE VAI O CANTO GREGORIANO?

Para um observador externo, o mundo do canto gregoriano parece cercado por uma aura de mistério e grandeza. É assim para todo o conhecimento humano especializado. Mas levantado o véu da sujeição, que coisa aparece? Um mundo dividido, onde qualquer um é mestre para si próprio; um mundo "fora do mundo" e, portanto, destinado à extinção como todas as realidades que estão trancadas numa espécie de Masada, uma fortaleza onde se espera que nada do exterior penetre e perturbe a vida tranquila; um mundo em alguns aspectos efervescente mas perenemente marcado por personalismos; um mundo onde a atenção obsessiva aos detalhes acaba por fazer perder de vista a visão geral e contextualizada dos elementos.

Na realidade, e não o podemos esconder, o mundo do canto gregoriano é atravessado por muitos problemas.

Em primeiro lugar, o de ter sido ostracizado do seu lugar natural, a liturgia, e considerado um repertório como os outros, historicizado e, portanto, transitório, ligado a uma época e a uma expressão cultural e cultual que já não existe.

Em segundo lugar, uma divisão em mil fluxos interpretativos e restitutivos, alguns dos quais são decididamente problemáticos, apesar de que todos afirmam se alimentar da mesma fonte: os estudos de Cardine. A tal fraccionamento corresponde uma plétora de publicações, inclusive litúrgicas e oficiais, que apresentam deformações tais que deixam perplexos muitos especialistas do sector e as próprias autoridades eclesiásticas.

Em terceiro lugar, a falta de um certo rigor científico que é o pressuposto de todo o estudo sério e, ao mesmo tempo, o surgimento de uma atenção mais ao contexto do que ao texto, mais ao contorno do que ao conteúdo, mais às nuances do que substância, mais à espiritualidade do que à música.

Em quarto lugar, o desaparecimento de um centro propulsor unitário que, tal como Solesmes na idade de ouro do renascimento gregoriano, se proponha não apenas como um lugar físico de referência, mas também como um caldeirão de mentes, energias e vontades, para garantir que o canto gregoriano possa efectivamente voltar a ser o canto vivo de uma Igreja viva, em vez de ser objecto de um exame de autópsia.

Vox Gregoriana é uma folha de comunicação, uma voz entre muitas, que não quer contribuir ainda mais para a divisão de forças, mas que tem a ambição de servir de estímulo para ajudar a Igreja a redescobrir a expressão musical da sua liturgia; apoiar os gregorianistas na redescoberta de uma idealidade comum e de um caminho unitário; envolver os estudiosos na busca da natureza científica da sua abordagem ao canto gregoriano; e, finalmente, convidar quem de direito ​​a tomar novamente consciência do papel que a história lhe atribuiu.

A Vox gregoriana nasce no interior do Centro de Canto Gregoriano e Monodias "DOM JEAN CLAIRE" e é em primeiro lugar expressão de quantos se identificam com este centro e os seus ideais. Ao mesmo tempo, está aberto à colaboração com todos aqueles que queiram contribuir para a difusão do conhecimento e do amor pelo canto da liturgia cristã. A dedicatória ao grande Mestre do coro da Abadia solesmense não é apenas uma homenagem àquele que abriu novos caminhos no campo da investigação e da interpretação, mas é também e sobretudo uma clara referência àquele Atelier de Paléographie que é o coração incontornável de todas as actividades de estudo e pesquisa sobre o gregoriano e às quais os membros do comité editorial fazem referência constante há anos.

A Vox gregoriana será estruturada como um folheto quadrimestral de formação e informações. Existem três áreas de investigação: litúrgica e histórica; semiológica e estético-modal, ligado em particular à restituição melódica; interpretativa.

Resumindo... Vox gregoriana é uma semente pequena... que cultiva grandes esperanças.

Dom Gilberto Sessantini

 

Se deseja receber este boletim quadrimestralmente, envie um e-mail para este endereço: info@centrogregoriano.it, especificando os seus dados pessoais, dados de contacto (para envio do boletim em papel) e endereço de e-mail.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Cursos de Verão INTERNACIONAIS com Dom Alberto Turco 2024

 

Canto Gregoriano
corsi estivi internazionali

FARA SABINA (Rieti)
presso il Monastero delle clarisse eremite
8 - 13 luglio

PADOVA
presso l’Abbazia di Santa Giustina
26 - 31 agosto

ROMA
presso il “Seraficum” Collegio francescano dei frati minori conventuali
Via del Serafico, 1
00142 Roma RM
L’ALLELUIA MELISMATICO Origine e sviluppo
25 - 27 ottobre

Per informazioni:
International Association Vox Gregoriana
ia.voxgregoriana@gmail.com
+39 351 8377138


 

domingo, 26 de março de 2023

Cursos de Verão Internacionais com Dom Alberto Turco 2023

A oportunidade para estar com o maior especialista do canto gregoriano, e seus principais discípulos!

Fara in Sabina (Aeroportos de Roma Fiumicino / Ciampino)

Mosteiro das Clarissas Eremitas

10 a 15 de Julho

Docentes: Gennaro Becchimanzi - Nicola Bellinazzo - Andrés Montilla - Gilberto Sessantini - Alberto Turco

A Associação Internacional Vox Gregoriana tem o prazer de apresentar o folheto do Curso de Fara
Sabina, agora na sua vigésima nona edição. Como no ano passado, o curso inclui um trénio fundamental, um biénio de especialização e um “Mestrado Internacional” em interpretação, reservado aos mestres e cantores de Canto Gregoriano.

OFERTA QUINQUENAL

TRIÉNIO FUNDAMENTAL
I. Iniciação ao canto gregoriano
Os cantos da Missa e do Ofício
História da notação musical
A notação quadrada, elementos auxiliares
O neuma, o ritmo, a interpretação
Os tons da salmodia silábica

II. O proto-gregoriano
Recitativos litúrgicos e salmodia pré-octoecos
Repertório anterior e formas litúrgico-musicais precedentes ao séc. IX
Análise estético-modal e datação das melodias

 III. Introdução à paleografia
Origem dos neumas: acentos (neuma monossônico)
Modificação dos acentos: episema e liquescência
A combinação básica do sinal de acentos nos neumas fundamentais plurissónicos

BIÉNIO DE ESPECIALIZAÇÃO
I. Semio-modalidade
O neuma e o modo da palavra cantada, através da análise do agrupamento gráfico (corte neumático) dos elementos sonoros do neuma
II. A interpretação do canto gregoriano
 Os efeitos verbo-modais na escrita neumática e sua interpretação rítmica no "estilo verbal".

MESTRADO INTERNACIONAL
para cantores e professores de Canto Gregoriano
INTROÍTOS DE DOMINGO DO ADVENTO
As inscrições no mestrado são limitadas a 10 pessoas, de modo a executarem o canto das peças propostas.
Tão-bem se aceitam inscrições de quem desejar participar como "ouvinte". A todos, sem distinção, serão enviadas as peças em programa. Texto de estudo: Liber Gradualis I, Pars festiva

FORMULÁRIO DE APLICAÇÃO
Sobrenome____________________________________
Primeiro nome________________________________________
Nacionalidade_________________________________
Rua___________________________________________
Código Postal / Cidade________________________
Província____________________________________
Tel. _________________ celular. ____________________
E-mail_______________________________________
Inscrevo-me no seguinte curso:
TRÊS ANOS FUNDAMENTAIS
I. Iniciação ao canto gregoriano
II. O proto-gregoriano
III. Introdução à paleografia
ESPECIALIZAÇÃO DE DOIS ANOS
I. Semio-modalidade
II. A interpretação
MESTRADO INTERNACIONAL
Efectivo __ Ouvinte __

Os pedidos de inscrição deverão fazer-se até 2 de julho. A inscrição será aceite apenas no momento do
recebimento da respectiva taxa. Posteriormente os interessados ​​serão contactados pelo Secretariado do Curso para ter a confirmação da inscrição e receber outras informações. A inscrição no curso toma-se também como reserva para a estadia, sem necessidade de se enviarem os respectivos montantes. Os alunos matriculados nos cursos pagarão os quartos e o serviço de pensão diretamente à Direção do Curso.
Ao final do curso, será emitido um certificado de participação.
Os cursos terão início na tarde de segunda-feira no dia 10 de julho, pelas 15h30, e terminarão no sábado, 15 de julho, às 12h00.

Para se increver é necessário:
a) preencher a Ficha de Inscrição e enviá-la, juntamente com o comprovativo do pagamento da quota associativa, para o seguinte e-mail: ia.voxgregoriana@gmail.com
b) pagar a inscrição a International Association Vox Gregoriana
IBAN: IT47J0503411716000000006800
Swift: BAPPIT21116 - Fara Sabina

Quotas de participação:
Inscrição (não reembolsável): 40,00€
Para permitir a realização do nossos cursos é solicitada uma contribuição de € 100,00 como quota associativa.
Também é disponibilizado também Master Internacional que exige uma contribuição superior, de € 150,00.
A estadia também está disponível para os inscritos, incluindo alimentação e alojamento, em quarto duplo ou individual com casa de banho. Em ordem para melhor garantir este serviço é necessária uma contribuição de € 50,00.

Horário das aulas
Manhã: 9h00 - 12h30
Tarde: 15h00 - 18h00
Material didáctico:
Iniciação ao canto gregoriano (€ 20,00)
Antiquæ Monodiæ Eruditio, Vol. II - III - IV (€ 20,00 cada)
Proto-gregoriano: liturgia e canto até ao séc. IX (€ 25,00)
Liber Gradualis I - Pars festiva (€ 50,00)

Local do curso - informações várias
Mosteiro das Clarissas eremitas
02032 FARA SABINA (Rieti)
tel. +39 076 5277021
Para chegar ao mosteiro: de Roma, na estação Termini, pegue metro B, direção Rebibbia e
desça na estação Tiburtina. De lá pegar o trem para Fara Sabina; à saída da estação de combóios ir à papelaria comprar o bilhete de autocarro para o centro da vila.
e-mail: ia.voxgregoriana@gmail.com
+39 351 8377138


 

PÁDUA (Aeroportos de Milão e Veneza)
Abadia de Santa Giustina
21 a 26 de agosto
Professores: Nicolau Bellinazzo - Gilberto Sessantini - Noemi Vilasi - Alberto Turco (director do curso, professor de referência)

A Associação Internacional Vox Gregoriana tem o prazer de apresentar o folheto do curso Padova, na abadia de Santa Giustina, na sua quinta edição. Como no ano passado o curso inclui um período fundamental de três anos, dois anos de especialização e um "Master Internacional” de interpretação, reservada a professores e cantores de canto gregoriano. 

OFERTA QUINQUENAL

TRIÉNIO FUNDAMENTAL
I. Iniciação ao canto gregoriano
Os cantos da Missa e do Ofício
História da notação musical
A notação quadrada, elementos auxiliares
O neuma, o ritmo, a interpretação
Os tons da salmodia silábica

II. O proto-gregoriano
Recitativos litúrgicos e salmodia pré-octoecos
Repertório anterior e formas litúrgico-musicais precedentes ao séc. IX
Análise estético-modal e datação das melodias

 III. Introdução à paleografia
Origem dos neumas: acentos (neuma monossônico)
Modificação dos acentos: episema e liquescência
A combinação básica do sinal de acentos nos neumas fundamentais plurissónicos

BIÉNIO DE ESPECIALIZAÇÃO
I. Semio-modalidade
O neuma e o modo da palavra cantada, através da análise do agrupamento gráfico (corte neumático) dos elementos sonoros do neuma
II. A interpretação do canto gregoriano
 Os efeitos verbo-modais na escrita neumática e sua interpretação rítmica no "estilo verbal".

MESTRADO INTERNACIONAL
para cantores e professores de Canto Gregoriano
COMUNHÕES DE DOMINGO DA QUARESMA
As inscrições no mestrado são limitadas a 10 pessoas, de modo a executarem o canto das peças propostas.
Tão-bem se aceitam inscrições de quem desejar participar como "ouvinte". A todos, sem distinção, serão enviadas as peças em programa. Texto de estudo: Liber Gradualis I, Pars festiva

Os pedidos de inscrição devem chegar até 13 de agosto. A inscrição será considerada completa apenas no momento da recebimento da respectiva taxa. Em seguida os interessados ​​serão contactados pela Secretaria de Cursos para ter a confirmação do registro bem-sucedido e receber outras informações. As inscrições no curso também são consideradas como reserva para a estadia, sem que se enviem somas adicionais. Os alunos matriculados em cursos pagarão os quartos com o serviço de pensão diretamente à Direção do Curso.
Ao final do curso, será emitido um certificado de participação. Os cursos terão começo na tarde de segunda-feira, 21 de agosto, às 15h30, e terminarão no sábado, 26 de Agosto, às 12h00.

Para inscrever-se é necessário:
a) preencher a Ficha de Inscrição e enviá-lo, juntamente com o comprovativo do pagamento para o
 seguinte e-mail: ia.voxgregoriana@gmail.com
b) pagar a taxa à International Association Vox Gregoriana
IBAN: IT47J0503411716000000006800
Swift: BAPPIT21116- Pádua
Quotas de participação:
Inscrição (não reembolsável): 40,00€
Para permitir a realização dos nossos cursos é solicitada uma contribuição de € 100,00. Também se disponibiliza um Master internacional solicitando um contributo superior, de 150,00€. Está disponível
para os membros também a estadia, incluindo alimentação e hospedagem, em quarto duplo ou individual com casa de banho. A fim de poder garantir melhor este serviço é necessária uma contribuição de € 50,00 para o quarto individual e € 40,00 para o duplo.

Horário das aulas
Manhã: 9h00 - 12h30
Tarde: 15h00 - 18h00
Material didáctico:
Iniciação ao canto gregoriano (€ 20,00)
Antiquæ Monodiæ Eruditio, Vol. II - III - IV (€ 20,00 cada)
Proto-gregoriano: liturgia e canto até ao séc. IX (€ 25,00)
Liber Gradualis - Pars festiva (€ 50,00)

Local do curso - mais informações
Abadia de Santa Giustina
Via G. Ferrari 2/A
35123 Pádua
Aterrando nos aeroportos de Milão (Malpensa) ou Veneza, pode apanhar-se o combóio para Pádua. À saída da estação a Abadia fica a meia-hora de caminho a pé, 10 minutos de bicicleta, ou 5 minutos de metro de superfície ou autocarro.

tel. +39 049 822 0411
e-mail: ia.voxgregoriana@gmail.com
+39 351 8377138

FORMULÁRIO DE APLICAÇÃO
Sobrenome____________________________________
Primeiro nome________________________________________
Nacionalidade_________________________________
Rua___________________________________________
Código Postal / Cidade________________________
Província____________________________________
Tel. _________________ celular. ____________________
E-mail_______________________________________
Inscrevo-me no seguinte curso:
TRÊS ANOS FUNDAMENTAIS
I. Iniciação ao canto gregoriano
II. O proto-gregoriano
III. Introdução à paleografia
ESPECIALIZAÇÃO DE DOIS ANOS
I. Semio-modalidade
II. A interpretação
MESTRADO INTERNACIONAL
Efectivo __ Ouvinte __



domingo, 29 de novembro de 2020

Descoberta de nova edição do Enchiridium Missarum Sollemnium de João Dias

Contarei aqui um caso que nos tem entretido nos últimos tempos, desde Maio de 2019 quando o amigo português de Olivença José António González Carrillo me mostrou umas fotografias dum cantoral impresso e por ele adquirido uns anos antes na Feira da Ladra aquando duma sua visita a Lisboa: 


Crédito: José António González Carrilho.

O exemplar deste amigo encontra-se, e já se encontrava à data da compra, amputado da sua encadernação original, assim como dos fólios iniciais contendo os título e autor, data e local de imprensa, licenças, dedicatórias e índice; tão-pouco se encontrou qualquer colofão, e o final do livro mostra-se incompleto (verso do fólio 180, erradamente paginado com 160, com a sequência Dies irae da Missa pro defunctis). Tratava-se, portanto, de um livro de cantochão por identificar, impresso a duas cores (rubrum para as rubricas e pentagrama, nigrum para os restantes elementos), com cânticos gregorianos de vésperas e missas das principais festas e solenidades do ano litúrgico. O caro leitor poderá consultar todo o livro graças à generosidade do seu proprietário que o fotografou por inteiro.

Chamou-me à atenção a nota manuscrita neste primeiro fólio, onde se podem ler as palavras Liberal Sampaio: provavelmente um anterior proprietário. Através duma pesquisa na internet, rapidamente chegámos ao blog Outeiro Seco - A Quem Interesse, da autoria de Humberto Ferreira, assim como às Velharias do Dr. Luís Montalvão, que confirmaram ser esta anotação uma assinatura do Doutor Liberal Sampaio, influente figura do Norte Português, mais concretamente de Chaves, na transição entre os séculos XIX e XX. A assinatura presente no cantoral comparada com a de outros documentos da autoria do Padre Liberal Sampaio prova que este foi o seu proprietário há cerca de 100 anos.

Exemplo de caligrafia do Pe. Liberal Sampaio.
Crédito: Luís Montalvão.

Adicional prova de que o livro pertenceu ao ilustre Doutor está no título "Cantochão" em caligrafia mais moderna coincidente com a cota 1281 da 2ª página do catálogo realizado postumamente pelos herdeiros do Sacerdote, cota esta com o mesmo exacto título, sem informações de autor nem data ou local de publicação, e colocada na secção Assuntos Teológicos.

Topo da folha de rosto do cantoral descoberto.
Crédito: JAGC.

 

Excerto do catálogo da biblioteca do solar dos Montalvões.
Crédito: LM.

 

À data da última transacção, o exemplar não possuía qualquer cota.
Crédito: JAGC.

Mas quem fôra, afinal, Liberal Sampaio? José Rodrigues Liberal Sampaio nasceu a 29 de Julho de 1846 em Sarraquinhos, concelho de Montalegre. Foi pároco do Outeiro Seco, no concelho de Chaves, onde viveu a maior parte da sua vida. De 1886 a 1891 estudou em Coimbra com excelente aproveitamento académico. Nas palavras de Luís Montalvão, seu trisneto e biógrafo, Liberal Sampaio "era um homem muito culto, formado em teologia e direito, colaborador regular na imprensa periódica flaviense, numismata, bibliófilo e fazia parte da extensa rede de colaboradores de José Leite de Vasconcelos, que o informavam de tudo o que existisse de interesse arqueológico e etnológico em cada parte do País." Granjeou fama de grandíssimo orador, tendo sido honrado por Sua Majestade com o título de pregador da Casa Real. Fundou um colégio que ensinou muitos notáveis, projectou uma Biblioteca Municipal e um Museu Regional em Chaves, e acumulou várias centenas de livros na biblioteca da sua residência no solar dos Montalvões em Outeiro Seco. Manteve-se sempre activo intelectualmente, tendo falecido no dia 29 de Outubro de 1935, aos 89 anos de idade.

O padre José Rodrigues Liberal Sampaio, no momento da sua formatura.
Foto de J. M. Santos, Phot. Conimbricense. Crédito: LM.


Fachada poente do solar da família Montalvão, em Outeiro Seco, Chaves.
A biblioteca corresponderia às três grandes janelas no primeiro plano. Crédito: LM.



José Maria Ferreira Montalvão (filho de Liberal Sampaio) na biblioteca da família.
Podem ver-se todos os livros cotados. Crédito: LM.


A personalidade idónea de Liberal Sampaio faz-nos crer que o livro tenha chegado à sua posse já amputado dos elementos identificativos de que actualmente carece, não sendo impossível que tenha sido ele mesmo o responsável pela actual encadernação. Contudo, nada sabemos acerca de quando, onde, ou como o livro tenha sido por ele adquirido, nem que uso este lhe deu durante a sua vida. Seja como fôr, o cantoral foi vendido nos anos 80 (juntamente com a restante biblioteca do solar dos Montalvões) a um alfarrabista em Lisboa, o qual por sua vez o terá revendido, e nalgum momento a respectiva cota (se é que chegou a ser acrescentada ao livro) terá sido retirada. Finalmente, na última década, este precioso exemplar foi comprado por José António González Carrilho na Feira da Ladra em Lisboa e daí levado para Olivença.

Pois bem, na nossa busca por qual seria esta edição, fomos ao sítio da Biblioteca Nacional Digital, à procura de algum exemplar semelhante que nos pudesse dar mais informações. Fomos felizes, em que encontrámos algo muito semelhante!


Crédito: BND.
 
As semelhanças são muitas, parecendo o exemplar da BND uma edição mais antiga que a de Olivença. Na verdade, trata-se de duas edições do Enchiridium Missarum Sollemnium et Votivarum cum vesperis, do Padre João Dias, impresso e reimpresso em Coimbra em finais do século XVI e princípios do XVII.
 
A palavra latina Enchiridium vem do grego ἐγχειρίδιος que significa livro manual; usou-se para designar uma colectânea de utilidades, habitualmente incompleta mas essencial, sobre determinado assunto. Por exemplo, Sexto Pompónio coligiu um inquirídio sobre leis romanas; Santo Agostinho sobre as três virtudes teologais da fé, esperança e caridade; e Erasmo de Roterdão sobre as virtudes do soldado cristão. No nosso caso, trata-se duma colecção com os cantoschãos mais importantes do ano, isto é das Missas e Vésperas das principais festas litúrgicas do ano, segundo o rito romano reformado pelo Concílio de Trento, em Portugal.
 
Terá sido um género muito divulgado em Portugal a partir da chegada da imprensa e sua aplicação à música. O padre e bilioteconomista português Diogo Barbosa de Machado em meados do século XVIII na sua monumental Bibliotheca lusitana recolhe para além do do Padre João Dias (vol.II, p.650) também outro entretanto perdido: 

 Também Matias de Sousa Villalobos imprimiu o seu, no final do século XVII:
 
https://digitalis-dsp.uc.pt/bg1/UCBG-MI-150/UCBG-MI-150_master/UCBG-MI-150_JPG/UCBG-MI-150_JPG_24-C-R0100/UCBG-MI-150_0013_1_t24-C-R0100.jpg
Note-se a semelhança com os outros dois fólios mostrados acima.
Crédito: BGUC.


Sobre esta última edição, Ernesto Vieira, no seu Diccionario Bibliograpico de Muzicos Portuguezes, refere que seria "egual ao de outras idênticas" (vol. II, pp.402-406).
 
A importância deste tipo de publicações prende-se não apenas com o estudo da prática do cantochão eclesiástico mas também da polifonia ("canto-d'órgão") com a qual se relacionava intimamente. O investigador Rui Cabral, p.ex., em artigo publicado na Revista Portuguesa de Musicologia de 1996, sugere que o Mestre Manuel Mendes poderia ter tomada a melodia do Kyrie pro defunctis do Enchiridium de João Dias para compôr a última secção do Kyrie da sua Missa polifónica de defuntos. O mesmo trabalho refere ter-se então conhecimento apenas das edições de 1580 e 1585 do Enchiridium, nas quais aliás a sequência Dies irae se não encontra, contrariamente à versão em Olivença:


Verso do antepenúltimo e rosto do último fólios sobreviventes do exemplar do Enchiridium em Olivença. Crédito: JAGC. 
 
Colocámos assim a questão ao investigador e especialista na matéria, o Prof. José Abreu, que muito gentilmente em correspondência privada nos garantiu ser o exemplar de Olivença uma reedição do Enchiridium de João Dias, nomeadamente mais tardia que os exemplares conhecidos de 1609 (site da Biblioteca Nacional Digital e reservados da Biblioteca Municipal do Porto) e de 1621 (Universidade de Évora), sendo provavelmente muito próxima desta última.

Gostaríamos, portanto, de deixar estas informações ao cuidado da musicologia nacional e internacional, a fim de mais estimular o estudo e o avanço da ciência assim como da preservação e desenvolvimento do património.
 
Um agradecimento sentido a todos os envolvidos, sobretudo ao José António González Carrilho por partilhar a sua colecção privada, ao Luís Montalvão por partilhar a sua história familiar, e ao José Abreu por partilhar o seu trabalho académico: que todos um grande Bem hajam!

*

P.s.: Na sequência desta descoberta o Dr. Luís Montalvão publicou um interessante artigo cuja leitura se recomenda vivamente e no qual desenvolve o assunto do solar senhorial do Outeiro Seco e respectiva importância para a cultura nacional.

sábado, 17 de outubro de 2020

Os boletins do Centro "Jean Claire" de Verona

São publicados na página do Facebook desta associação italiana fundada e dirigida pelo Monsenhor Alberto Turco em homenagem a um seu mestre francês. Para saber mais sobre a associação, existe igualmente o sítio permanente.

Os boletins publicam-se a cada quatro meses (quadrimestrais) e apresentam curtos artigos em língua italiana da autoria de entendidos estudiosos do canto gregoriano. Todos eles se encontram na rede social da organização e podem também pedir-se em PDF para o seu email: gregorianavox@gmail.com . De seguida um breve elenco dos assuntos nos boletins já publicados:

2019 - 0
Sessantini: é necessário unir todos os que estudam o canto gregoriano e exigir elevada qualidade científica ao seu trabalho.

2019 - 1
Turco: Sobre a oscilação entre os modos de re e mi e uma crítica a opções de restituição melódica no Graduale Novum.

2019 - 2
Sessantini: o nº 116 da Sacrosanctum Concilium do Concílio Vaticano II ou o que significa ser o canto gregoriano próprio da liturgia romana.
Repeto: crítica a livro de Rampi.

2019 - 3
Bellinazzo: origem dos próprios das Missas do Natal.
Turco: o qüilisma.

2020 - 1
Turco: reconstituição da antífona Immutemur habitu para a 4ª Feira de Cinzas.
Repeto: crítica a livro de Lillo.

2020 - 2
Sessantini: o que significa «ceteribus paribus».
Turco: especificidades dos ofertórios das solenidades pascais.

2020 - 3
Turco: crítica às opções melódicas de alguns toni simplices e símbolo apostólico no Graduale Novum.

*

Os que puderem não deixem de frequentar o curso virtual de Monsenhor Alberto Turco nas próximas semanas:


 





sábado, 26 de setembro de 2020

Inscrições abertas: Gregoriano e Latim na Escola de Música de São Frutuoso da Arquidiocese de Braga

 

Ricos da experiência a que a Pandemia obrigou, a Escola de Música Litúrgica da Arquidiocese de Braga, vai prosseguir a sua atividade letiva em regime misto, presencial e via plataformas digitais. Neste sentido, as aulas de Latim e Gregoriano, aos sábados das 8h45 às 9h45, e Música e Liturgia, também aos sábados das 9h45 às 10h45, funcionarão presencialmente, mas, simultaneamente, com transmissão via internet. Deste modo, permitir-se-á que alunos, em quarentena ou habitando longe da escola, possam seguir a lecionação. Nas aulas de Latim e Gregoriano, para além das aulas teóricas, preparar-se-á reportório que será executado ao longo do ano em contexto litúrgico. Nas aulas de Música e Liturgia, partindo dos documentos do Magistério e da prática musical, estabelecer-se-á uma tipologia da música litúrgica e dos diferentes ministérios musicais na liturgia. A lecionação estará a cargo dos professores José Carlos Miranda e Hermenegildo Faria, docentes da Universidade Católica e da Escola Arquidiocesana de Música Litúrgica.

 

 

Para mais informações, visitar o sítio da Escola Arquidiocesana, o seu Facebook assim como o do seu Director o Cónego Hermenegildo Faria, formado em Gregoriano nos mosteiros franceses de Belloc e La-Pierre-qui-Vire e em Escrita Musical na Schola Cantorum de Paris.

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

"Silêncio: sete epigramas para côro capella" (2012), Luís Lopes Cardoso

O Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa editou 7 curtas e belas peças da autoria do nosso querido Maestro Luís Lopes Cardoso, todas tendo em comum a ideia do silêncio através da espiritualidade cristã e a cultura europeia. Esta obra reúne excertos do então Padre José Tolentino Mendonça, Santo Arsénio o Grande, São Pémenes, Sophia de Mello Breyner Andresen, Bruno Munari, e São João Clímaco.

As partituras primorosamente cuidadas pelo autor podem encomendar-se do sítio do ensemble, que simpaticamente envia juntamente com o livrete o CD da sua respectiva gravação. Dá para ouvir no Spotify.

Bernard Ycart | Oficina Polifónica

A Academia dos Nocturnos em colaboração com a editora Ars Hispana publicaram um competentíssimo CD com a gravação integral do reportório polifónico composto pelo Padre Bernardo Ycart. 

A direcção, assim como uma das vozes, é do mestre Isaac Alonso de Molina, que leccionará em Madrid no próximo mês de Novembro uma oficina sobre polifonia renascentista que se poderá frequentar em pessoa ou em linha.


Prémio Internacional de Composição - Órgãos do Palácio Nacional de Mafra

Avisam-se os caros leitores para o concurso que receberá até ao próximo mês de Abril novas obras compostas para o conjunto único em todo o orbe da terra que são os seis órgãos-de-tubos da Basílica de Mafra.

Quem quiser conhecer mais acerca dêste extraordinário monumento poderá assistir a alguns documentários nos Arquivos da RTP.


 

Por favor comentai dando a vossa opinião ou identificando elos corrompidos.
Podeis escrever para:

capelagregorianaincarnationis@gmail.com

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