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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

MEMORARE: o novo canal de Alberto Turco no Youtube


É com grande alegria que anunciamos a inauguração do canal de Youtube de Monsenhor Alberto Turco, MEMORARE.

O primeiro episódio do que se espera uma larga colecção de vários temas foi dedicado ao intróito do intróito do 1º Domingo do Advento, Ad te levavi.

Colocai o gosto, partilhai, e subscrevei o canal!

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Alleluia Melismático - Curso de Monsenhor Alberto Turco 25-27/X/2024

 


O Alleluia Melismático - Origem e Desenvolvimento

25-27 outubro
Local do encontro:

Casa de Espiritualidade "São Fidêncio"
Via Pradelle, 62
37142 Verona - Novaglie

Seminario di Canto Gregoriano : International Association Vox Gregoriana

Programa

6ª Fª 25 outubro

15:00 acolhimento e inscrições
15:30 PRIMEIRA CONFERÊNCIA
16:45 pausa
17:00 exercitações corais

Sábado 26 outubro

09:30 SEGUNDA CONFERÊNCIA
10:45 pausa
11:00 exercitações corais

ALMOÇO

15:30 PRIMEIRA CONFERÊNCIA
16:45 pausa
17:00 exercitações corais

Domingo 27 outubro

09:30 Exercitações corais
11:00 Santa Missa em Canto Gregoriano animada pelos participantes do encontro

Para participar é necessário inscrever-se até 15 de outubro de 2024. O encontro terá lugar apenas com um mínimo de 10 inscritos. A fim de permitir a realização do encontro, pede-se um contributo de 189€ incluindo inscrição, alimentação e alojamento; para os estudantes um contributo de 149€. O contributo deverá ser enviado para a conta bancária de International Association Vox Gregoriana IBAN: IT47J0503411716000000006800 - Verona - e enviar comprovativo para ia.voxgregoriana@gmail.com ou ao número +393518377138. O almoço de 6ª feira 25 não está incluído no valor.

Para qualquer informação telefonar para o número +393518377138

quinta-feira, 20 de junho de 2024

Liber Gradualis - Pars Festiva

Continuamos a tradução e republicação
dos fascinantes artigos contidos no 

  

NOVIDADE EDITORIAL

LIBER GRADUALIS
iuxta «Ordo Cantus Missæ», auctoritate Pauli PP. VI promulgatum, in quo melodiæ restitutæ sunt e fontibus adhibitis in præparando Graduale Romanum secundum hodiernæ musicalis criticæ regulas.

Livro Gradual, segundo a Ordem do Canto da Missa promulgada com autoridade do Papa Paulo VI, no qual as melodias foram restituídas a partir das fontes consultadas na preparação do futuro Gradual Romano segundo as regras da crítica musical de hoje.


Formato 14x21 cm
724 páginas
Papel marfim 80g
Encadernação de fio cosido
Versos de capa e contracapa em papel algodonado marfim
Placas de capa, lombada e contracapa em imitação de couro verde garrafa
Estampa dourada na capa e lombada
Capitéis e 3 marcadores de cores diferentes

O LIBER GRADUALIS PARS FESTIVA é o volume de 724 páginas que reúne a proposta de restituição melódica do repertório gregoriano da Missa elaborada por Mons. Alberto Turco e seus colaboradores.

Nasce de um estudo atento e comparativo de muitíssimos testemunhos antigos transcritos em tabelas sinóticas guardadas como tesouro precioso no atelier de Paléographie da Abadia de Solesmes. Acima da versão neumática em notação quadrada, aderente às mais recentes aquisições gráficas, vem relatada a mais antiga notação em campo aberto dos manuscritos sangaleses. A notação neumática de São Galo é, de facto, a mais rica que todas as outras em fornecer indicações do ponto de vista expressivo, estético e modal, indicações mais que suficientes para uma interpretação correcta e artisticamente significativa.

Neste primeiro volume incluem-se todas as celebrações festivas, enquanto o segundo, a publicar em breve, será dedicado às feriais. Ineludível ponto de referência para quantos amam, estudam e executam o canto da próprio Igreja romana.

Informações e encomendas:
EDIÇÕES DE MÚSICA ARMELIN
Riviera San Benedetto, 18-35122 Pádua
Tel +39 049 8724 928
www.armelin.it
info@armelin.it

Prefácio

O Liber Gradualis, nos seus dois volumes, recolhe quanto foi publicado em fascículos separados, divididos por tempos litúrgicos, entre os anos de 2009 e 2016, revisto, corrigido e ampliado em vista desta edição. Se aqueles fascículos, na sua praticidade editorial e gráfica, se destinavam mormente ao estudo pessoal e do côro, a presente edição responde também à exigência de quantos desejam utilizar na liturgia a versão melódica preparada por Alberto Turco e pelo grupo de trabalho que colabora com ele. Tal versão não quer ter a pretensão nem da oficialidade, reservada unicamente à edição típica da Vaticana, nem da exaustividade, nem sequer da exclusividade, pois sabemos que os estudos sobre o canto gregoriano estão bem longe de se concluírem em todas as frentes. E, todavia, esta edição quer apresentar-se como magis crítica [1], em comparação não só com a Vaticana, mas também a outras propostas similares.

[1] Como requerido pela Constituição conciliar Sacrosanctum Concilium (SC) sobre a Sagrada Liturgia do Concílio Vaticano II: “Procure terminar-se a edição típica dos livros de canto gregoriano; prepare-se uma edição mais crítica dos livros já editados depois da reforma de S. Pio X" (SC 117).

O ponto de partida, para nós inequívoco, são os estudos semiológicos e modais surgidos em torno do atelier de Paléographie da Abadia de Solesmes. O próprio título - Liber Gradualis - refere-se à primeira obra homónima publicada em 1883 por dom Joseph Pothier (1835-1923) que constitui a primeira pedra de uma construção bem ordenada que ainda agora continua a ser edificada, com o contributo de quantos hoje se põem séria e verdadeiramente na esteira de dom Eugène Cardine (1905-1988) e dom Jean Claire (1920-2006). Precisamente a partir da sua actividade científica, a semiologia e a modalidade gregorianas receberam um notável impulso, permitindo uma compreensão e uma interpretação da monodia litúrgica mais consentânea com a verdade dos factos históricos documentados pelos manuscritos. O estudo directo das fontes antigas continua sendo um trabalho insubstituível para se chegar a uma proposta de restituição melódica filologicamente correcta e criticamente aceitável. O caminho traçado pela Édition critique do Graduale Romanum [2] com o amplo reconhecimento dos manuscritos, as suas relações genealógicas, alguns levantamentos e uma proposta exemplificativa de restituição melódica [3], é aqui retomado e acolhido no método, complementado com o que os estudos posteriores evidenciaram, em particular os da semiomodalidade, para atingir critérios bem definidos, compartilhados e compartilháveis, ​​quanto à escrita e aos semitons da corda móvel, respeitando a natureza das fórmulas relativamente ao aspecto estético modal. 

[2] Le Graduel Romain, Edition critique par les moines de Solesmes, IV Le texte neumatique, vol. I, Abbaye Saint-Pierre de Solesmes 1960 e vol. II Abbaye Saint-Pierre de Solesmes 1962.

[3] La missa “Ad te levavi”, ibidem, vol II, pag 63-89.

Para conveniência dos estudiosos relatamos no final deste Prefácio o elenco de manuscritos apresentado na Édition critique. É precisamente a partir deste amplo confronto que é possível determinar uma versão melódica que encontra confirmação na convergência mais ampla possível dos antigos testemunhos.
Sobre a versão neumática em notação quadrada, é relatada a mais antiga notação in campo aperto dos manuscritos de St. Gallen, deixando de fora a de Laon, em linha com a escolha do Graduel Romain no seu ensaio de restituição melódica [4].

[4] Ibidem.

Especificamente, os manuscritos utilizados são os mesmos reportados pelo Triplex:

Gal1 = St. Gallen 359, Cantatorium, (séc. X);
Ein = Einsiedeln 121, Graduale, (segunda metade do séc. IX);
Gal3 = St. Gallen 376, Graduale, (séc. XI) na ausência de Ein;
Har = St. Gallen 390-391, Antifonário de Hartker, (aa. 980-1011) para as Communio retiradas do Antiphonale.
Para os tons salmódicos das Communio, fez-se referência a Ein e G381, (St. Gallen, Stiftsbibl. 381) Versicularium, (primeira metade do séc. XI).

Sob o título de cada peça, apresentam-se as siglas dos manuscritos dos Antifonários da Missa, sem notação musical, dispostas em sinopse no Antiphonale Missarum Sextuplex de dom René-Jean Hesbert:

M Cantatorium de Monza (segundo terço do séc. IX)
R Graduale de Rheineau (cerca de 800)
B Graduale de Mont-Blandin (séc.s VIII-IX)
C Graduale de Compiègne (segunda metade do séc. IX)
K Graduale de Corbie (depois de 853)
S Graduale de Senlis (finais do séc. IX).

Tal como no Graduale Triplex, a letra grega λ indica uma lacuna no manuscrito.

O aparato crítico que ilustra o trabalho realizado e as escolhas efectuadas para boa parte do repertório está disponível na série Subsidia do Centro di canto gregoriano e monodie «Jean Claire» de Verona junto das Edizioni Melosantiqua [5], à qual se remete.

Uma anotação particular merecem duas escolhas aqui efectuadas e que marcam um seguro progresso.

A primeira. Nesta edição foi abordado o tema do quilisma no intervalo de quarta ou de quinta já delineado por Cardine no Liber Hymnarius [6] e bem evidencado na Edition critique [7] à luz dos manuscritos diastemáticos e em parte adiastemáticos.

[6] Antiphonale Romanum Tomus alter, Liber Hymnarius cum Invitatoriis et aliquibus Responsoriis, Solesmis 1983, e.g. resp. Ecce vicit p 512, 4ª pauta al-leluia. Sobre este tema ver também ALBERTO TURCO, A colocação do «quilisma» no scandicus, in Vox gregoriana, Boletim informativo do centro de Canto Gregoriano e monodias «Dom Jean Claire» - Verona, n° 3 Setembro - Dezembro 2019, pp 8-12.

[7] Cfr. nota 3.

A segunda. Os versetos dos Intróitos e das Comunhões do III tom apresentam a versão melódica estereotipada da cadência mediana, retirada do Versicularium 381. Todas as Communio foram dotadas de um verseto salmódico, na selecção operada por Ein.

O auspício é que este ulterior trabalho possa contribuir para o verdadeiro progresso dos estudos restitutivos, bem como para a difusão daquele canto que a Igreja não hesita em definir como "próprio" [8] e em preferi-lo na liturgia às outras linguagens musicais.

[8] SC 116

Mons. Alberto Turco
Dom Nicola Bellinazzo
Dom Gilberto Sessantini

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Bellinazzo: a origem dos próprios das Missas do Natal

Continuamos a tradução e republicação
dos magníficos artigos contidos no 

Boletim informativo do centro de Canto Gregoriano «Dom Jean Claire» - Verona
n° 3 - Setembro - Dezembro 2019

 

Nicola Bellinazzo

O “PROPRIUM MISSÆ”
DO DIA DE NATAL

Premissa
A celebração do Natal do Senhor encontra a sua origem teológica e espiritual na Páscoa, onde se torna presente o mistério da passagem da morte à vida com Cristo. São Leão Magno fala do Natal como poderia ter falado da Páscoa. Sobre isso escreve: «...dia escolhido para o mistério (sacramentum) da restauração do género humano na graça» [1]. O Natal torna-se então num aspecto do único sacramentum celebrado nos seus diversos aspectos.

[1] LEÃO MAGNO, Serm., 9 (De Natale Domini): CCL 138, 139

1. Missa de Vigília (In Vigilia)
Na Missa da Vigília, os textos estão claramente orientados para a Páscoa. Nela são mencionadas diversas vezes as etapas do plano de salvação de Deus. Assim como a Páscoa, também o dia de Natal foi dotado de uma vigília, facto atestado já em meados do século VI, e, como dizíamos, constrói-se segundo o modelo da vigília pascal, com peças retiradas do Antigo Testamento no que diz respeito às leituras em particular.
No Intróito a vinda do Senhor relaciona-se com a salvação e esta com a sua glória, “glória” com significado messiânico e escatológico: Hodie scietis, quia veniet Dominus, et salvabit nos: et mane videbitis gloriam eius.
Tanto o texto do intróito como o do gradual são retirados de Êxodo 16, 6-7 e de Isaías 35,4 e fazem uma clara referência à Páscoa. Esta passagem, em que Êxodo se refere à promessa do maná, a Igreja considerou-a indicativa da promessa (vinda) do Filho de Deus.
Construído na corda de Fá (= Dó na escrita arcaica) com um pequeno acento em Sol na sílaba “e” do verbo scietis. O Sib é um ornamento do Sol. O compositor mete em evidência o Hodie inicial sublinhando o verbo scietis, trazendo-o, da corda de recitação, para o grau superior Sol. A peça desenvolve-se no grave, na subtónica Ré (= Lá ); sublinha com bivirga a sílaba tónica do verbo salvabit e da palavra gloria.

O gradual Hodie scietis tem no caput o mesmo texto do intróito; enquanto o verseto é retirado do salmo 79,2.3. Construído sobre o timbre modal dos graduais de 2º modo em A (protus à quarta), transportado para a quinta superior em clave de Dó.

O ofertório Tollite portas, versículo sétimo do salmo 23, deriva originariamente da festa de 2 de Fevereiro, Apresentação do Senhor no templo, com a qual se concluía o tempo do Natal. Mas é também o salmo do Senhor que entra em Jerusalém.
O texto: Tollite portas, principes, vestras: et elevamini, portæ æternales, et introibit Rex gloriæ.
A composição é construída na corda Ré (=Lá), com acentos melódico-verbais à 3ª (Fá=Dó), à 4ª (Sol=Ré) e, até, à quinta (Lá=Mi) em gloriæ. A simbiose do ápice musical com o textual da peça é constituída sem dúvida alguma pelos neumas e pelo iubilus conclusivo de Rex gloriæ, o «Rei da glória», protagonista absoluto desta entrada.

A communio Revelabitur, cujo texto é retirado de Is. 40,5, é escolhida para esta celebração vigiliar em referência à frase final: et videbit omnis caro salutare Dei nostri; a melodia e o texto de salutare Dei nostri provêm da communio da terceira missa In die, a primeira a ser composta.
Revelabitur gloria Domini: et videbit omnis caro salutare Dei nostri. 

A aleluia Crastina die, no Sextuplex [2], é citada somente pelo manuscrito de Senlis (segunda metade do séc. XI). Os demais manuscritos convidam o cantor a usar qualquer aleluia (quale volueris) do tempo do Advento, ou a omitir o canto. O texto é uma composição poética livre.

[2] ANTIPHONALE MISSARUM SEXTUPLEX, editado por Dom René-Jean Hesbert, Herder Roma 1935

2. Missa da Noite (In Nocte)
Dado que a celebração mais antiga do dia de Natal é a Missa In Die, as outras duas celebrações são desta uma emanação.
Os manuscritos do Sextuplex são discordantes ao atribuirem o título à Missa In nocte: alguns chamam-na de In Nocte ou In primo galli cantu; outros, Prima in gallorum cantu ou Media nocte.

A Missa In Nocte vem a ser instituída por volta do séc. V e representa a celebração estacional votiva do Natal, segundo o modelo das celebrações que se realizavam nos túmulos dos mártires. Acontecia na Basílica de Santa Maria Maior, também chamada de Basílica Sancta Maria ad præsepem, pelo facto de nela se conservar uma relíquia do berço/manjedoura.

O intróito Dominus dixit ad me: filius meus es tu, ego hodie genui te, é uma breve composição que tem como texto o sétimo verso do salmo 2. Um salmo régio que se reveste de particular importância para a leitura messiânica que lhe foi feita (vitória do Rei-Messias) e pela nova interpretação dada no Novo Testamento: a geração eterna do Verbo. Sobre este tema escolher-se-á também o gradual Tecum pricipium e a communio In splendoribus. Trata-se de uma escolha típica da historicização do repertório gregoriano.
O intróito primitivo desta missa deveria haver sido o Dum medium silentium, seguramente mais adequado à celebração nocturna do Natal: Dum medium silentium tenerent omnia, et nox in suo cursu medium iter haberet, omnipotens sermo tuus, Domine, de cælis a regalibus sedibus veniet (Sabedoria 18,14-15). Substituído pelo Dominus dixit ad me, foi recuperado para a formação do Proprium do segundo domingo depois do Natal. É uma peça da tradição galicana: composição de Ré (= Sol) com desenvolvimento melódico estendido a uma quarta tanto aguda como grave.
Se dirigirmos o olhar para o repertório de Milão, constatamos que o mesmo texto de Dominus dixit é usado como antífona após o Evangelho da missa In aurora. As duas peças equivalem-se modalmente e são comparáveis ​​(protus plagal, arcaizante à 3ª); a única diferença está no género melódico: no gregoriano género semi-ornado, no milanês silábico.

Assim, o gradual da historicização Tecum principium (terceiro verso do salmo 109) proclama a geração eterna do Verbo: Tecum principium in die virtutis tuæ: in splendoribus sanctorum, ex utero ante luciferum genui te.
A sua composição está feita sobre o timbre de protus à quarta (2* modo): a corda estrutural do caput é o Lá, com desenvolvimento da dominante em Dó; enquanto o verso está na 4ª em Ré. Também este gradual substituiu o tracto/gradual primitivo Speciosus forma, que foi recuperado pelo segundo domingo depois do Natal como Dum medium silentium.

A aleluia Dominus dixit ad me retoma o texto do Intróito (Sl 2). É construída sobre o timbre modal das aleluias de tetrardus plagal.

O ofertório Lætentur cæli está em deuterus plagal, como os ofertórios de Páscoa e Pentecostes. O texto foi extraído do Salmo 95: Lætentur cæli et exsultet terra ante faciem Domini, quoniam venit.

A communio In splendoribus sanctorum retoma o texto do salmo 109(110): In splendoribus sanctorum, ex utero ante luciferum genui te.
A estrutura melódica está encavilhada na corda de Fá, que de finalis se torna corda de recitação: modo arcaico. O compositor dá um amplo respiro a toda a peça, seja pela sua brevidade, seja pela importância de que se recobre neste contexto: o Verbo coeterno com o Pai.

3. Missa da Aurora (Mane prima)
NoAntifonale Missarum Sextuplex, a Missa da Aurora é chamada, pelos seis manuscritos, por diversos modos: Mane prima; Mane prima Statio ad Sanctam Anastasiam; In vigilia mane prima, Statio ad Hierusalem.
Até meados do século VI, o Papa celebrava esta missa diretamente na Basílica de São Pedro. Mas já a partir do final do século IV existia no Monte Palatino um Titulus Anastasiæ, uma igreja edificada na propriedade de uma mulher piedosa de nome Anastácia ou, como sustentam outros estudiosos, dedicada à ressurreição; construída no modelo da Anastasis de Jerusalém. Para o final do século V, desenvolve-se em Roma o culto a Santa Anastásia mártir. Este culto vem do Oriente, precisamente de Constantinopla, onde no dia 25 de Dezembro se celebrava a decapitação da santa mártir. A igreja assumiu o título de Santa Anastásia, e o papa, por obséquio à autoridade imperial bizantina, vinha ali celebrar a missa no dia da festa da mártir, que coincidia com o Natal. A missa, no início, tinha um formulário próprio com um seu prefácio, como nos indica o Sacramentário Gelasiano.
Da igreja de S.ª Anastásia o papa dirigia-se seguidamente para a Basílica de São Pedro para celebrar a missa do dia. Portanto, o Proprium desta missa é formado por peças recuperadas das outras duas missas no Natal. [3]

[3] Recordemos alguns costumes do Natal: só o bispo podia entoar o Gloria in excelsis Deo, privilégio que se conservou até ao século X; os sacerdotes podiam celebrar três missas, usança atribuída a Pedro, abade de Cluny.

O intróito Lux fulgebit é o mais recente dos intróitos. Provem da tradição galicana/gregoriana. O texto é um remanejamento do intróito Puer natus: Lux fulgebit hodie super nos: quia natus est nobis Dominus: et vocabitur Admirabilis, Deus, Princeps pacis, Pater futuri sæculi: cuius regni non erit finis.

No gradual Benedictus qui venit, o responso primitivo do Confitemini (salmo 117) conservou a função de resposta (caput) do novo verso 23: A Domino factus est: et est mirabile in oculis nostris, tomando porém a melodia do responsório homónimo. O presente salmo pro vem da missa In die. A salmodia mais antiga e prrópria da Páscoa e do Natal é representada pelo salmo 117, com responso, à época da forma responsorial, Hæc dies e Benedictus qui venit, respectivamente para a Páscoa e o Natal. Não se pode excluir que a escolha do responso Benedictus qui venit venha diretamente da Igreja de Jerusalém.

A aleluia Dominus regnavit é o primeiro versículo do salmo 92; é seguramente a peça originária da missa In die, como o foi para o dia de Páscoa. As fórmulas melódicas desta aleluia, em protus plagal, serviram de modelo para a composição do timbre de 2º modo. Dominus regnavit, decorem induit: induit Dominus fortitudinem, et præcinxit se virtute.

O ofertório Deus enim firmavit, do Salmo 92, o mesmo do Dominus regnavit, também se encontra como ofertório no domingo seguinte ao Natal. Poderia tratar-se do primitivo ofertório primitivo do Natal.
Deus enim firmavit orbem terræ, qui non commovebitur: parata sedes tua, Deus, ex tunc, a sæculo tu es.

A communio Exsulta filia Sion não possui texto sálmico; é retirada do livro do profeta Zacarias, no cap. 9. O mesmo texto se encontra no IV domingo do Advento segundo o Antifonal de Rheinau (séc. VIII-IX), constante do Sextuplex. Exsulta filia Sion, lauda filia Ierusalem: ecce Rex tuus venit sanctus, et Salvator mundi.

4. Missa do dia (In die)
Mais uma vez queremos reiterar que a missa primitiva do dia de Natal é a In die. Pelos manuscritos mais antigos é chamada de: In die natalis Domini, VIII Kalendas Januarias Natale Domini ad missam in die ad Sanctum Petrum, In die natalis Domini que est, VIII Kalendas Januarias, Statio ad Sanctum Petrum.

O intróito Puer natus, em tetrardus autêntico, é o primitivo canto processional de ingresso da missa de Natal, desde quando se havia uma única celebração, com a Statio em São Pedro. O texto é profético (Is 9,6) e pretende exprimir o nascimento temporal do Verbo.
Puer natus est nobis, et filius datus est nobis: cuius imperium super humerum eius: et vocabitur nomen eius, magni consilii Angelus.

O gradual Viderunt omnes repropõe como texto o salmo 97: Viderunt omnes fines terræ salutare Dei nostri: iubilate Deo omnis terra. Notum fecit Dominus salutare suum: ante conspectum gentium revelavit iustitiam suam.
O texto deste gradual substituiu o primitivo do salmo 117.
No que diz respeito à melodia, trata-se de um tritus autêntico, composição estranha aos graduais primitivos do Natal e da Páscoa.

A aleluia Dies sanctificatus propõe um texto eclesiástico. Melodicamente falando, trata-se do timbre modal de 2º modo.
Dies sanctificatus illuxit nobis: venite gentes, et adorate Dominum: quia hodie descendit lux magna super terram.

O ofertório Tui sunt cæli é retirado do Salmo 88. É um texto genérico que não tem muita ligação para o mistério que se celebra. Do ponto de vista compositivo é um deuterus plagal, como os ofertórios da Páscoa e do Pentecostes.
Tui sunt cæli, et tua est terra: orbem terrarum, et plenitudinem eius tu fundasti: iustitia et iudicium præparatio sedis tuæ.

O texto da communio Viderunt omnes fines terræ salutare Dei nostri repropõe, a par do gradual e e do verseto salmódico do Puer natus, o Salmo 97, na óptica do tema “o nascimento na história do Verbo”. A melodia, em protus autêntico, sublinha a presente temática  na acentuação das palavras ... fines terræ ... salutare.

Conclusão

Com esta breve pesquisa musical e litúrgica, quisemos afastar todas aquelas “receitas” ou considerações “romântico-evocativas” que pairam em torno da festa do Natal. Música e liturgia viajam de par e passos, completando-se, enriquecendo-se para poder exprimir, no melhor modo possível, o mistério do Verbo encarnado. A ampliação da festa do Natal, com as suas quatro celebrações, incluída também a Vigília, encontra nos textos e no canto gregoriano a sua máxima expressão. Não se pode esaurir todo o mistério da Encarnação com uma só e simples celebração e com melodias simples ou de remédio. O canto gregoriano exprime-se com melodias “únicas”, surpreendentes, com obras-primas, não só musicais mas também teológicas, sublinhando a importância das palavras ou frases que servem para celebrar dignamente o mistério.
Propomos de seguida como haveria sido o formulário da mais antiga e primitiva Missa do Natal:

In. Puer natus est
Gr. Confitemini, do salmo 117 com refrão Benedictus qui venit
Al. Dominus regnavit
De. Deus enim firmavit
Co. Viderunt omnes

sexta-feira, 15 de março de 2024

Turco: Influência da escrita «diastemática» na determinação do modo

Continuamos a tradução e republicação dos excelentes artigos contidos no

Boletim informativo do centro de Canto Gregoriano «Dom Jean Claire» - Verona
n° 1 - Janeiro - Abril 2019

Alberto Turco

Influência da escrita «diastemática» na determinação do modo

 

Fontes:

Alb

cod. Paris, bibl. Nat. lat. 776, Gradual-Tropário de Gaillac, séc. XI, notação aquitana diastemática sem linha

BenA1

cod. Benevento, Bibl. Cap. 19-20, Breviário-Missal, séc. XII, notação beneventana sobre linha

Ben5

cod. Benevento, Bibl. Cap. 34, Gradual-Tropário-Prosário, séc. XI-XII, notação beneventana sobre linha

Dij

cod. Montpellier, Bibl. del la Faculté de Médecine H. 159, Gradual, séc. XI, notação francesa adiastemática e alfabética

Ein

cod. Einsiedeln, Stiftsbibl. 121, Gradual, séc. X segunda metade, notação sangalesa adiastemática

Klo1

cod. Graz, Universitätsbibl. 807, Gradual, séc. XII, notação lorenesa de Klosterneuburg sobre linhas

Pla1

cod. Piacenza, Bibl. Cap. 65, Tonário-Calendário-Gradual (ff. 150-230) - Tropário-Sequenciário-Antifonário de Piacenza, séc. XIII início, notação sobre linha

Sta1

cod. London, Bibl. Mus. add. 18031-32, Missal de Stavelot, sec. XIII início, notação gótico-renana sobre linha

Van2

cod. Verdun, Bibl. Mun. 759, Missal, séc. XIII primeira metade, notação lorenesa sobre linha

Wor

cod. Worcester, Cap. F 160, Antifonal e Gradual, dos ff. 249, séc. XIII, após 1230, notação quadrada sobre tetragrama.

AM

Antiphonale Monasticum pro diurnis horis, Parisiis, Tornaci, Romæ, 1934

GT

Graduale Triplex, Solesmis, MCMLXXIX

Hospeda-se na revista «Studi Gregoriani», ano XXXII, 2016, pp. 33-64, um artigo sobre a chamada restituição melódica magis critica do Graduale Romanum (= Graduale Triplex), intitulado «Mudança de modo ou notas cromáticas em relação ao texto» de Franco Ackermans. No seu interior há um parágrafo curioso, mas muito caro a um dos membros da redacção do Graduale Novum, que diz: «Necessidade do Fá sustenido. Categoria I. Mudanças entre Protus e Deuterus". Em apoio desta tese, vem citado o exemplo da Co. Passer invénit (GT 306) [1] e In. Miserere... conculcavit (GT 125), da qual hoje temos a melodia na edição do Graduale Novum, II [2], p. 71.

[1] A restituição melódica da presente comunhão encontra-se em Liber Gradualis, III, Verona, 2011, p. 32.
[2] A restituição melódica já havia sido antecipada na revista Beiträge zur Gregorianik, Band 55, Regensburg, 2013, pp. 36-38.

O facto singular do presente intróito não passou despercebido aos especialistas gregorianos, como E. Cardine, J. Claire, J. Hourlier, J. Froger, etc. durante os trabalhos de elaboração das Tabelas da «Édition Critique» do Graduale Romanum tendo em vista uma futura restituição melódica [3].

Factos compositivos deste género são frequentes no repertório do Ofício. Um exemplo extraordinário de ambivalência protus/deuterus ocorre no timbre modal da antífona Cæcília, fámula tua. Eis as duas versões melódicas:

- em protus (BenA.1.262, Pla1.418, Wor.407);


- em deuterus (AM 1140).

[3] Cf. Tabelas 759-760 do In. Miserere ... conculcavit.

A história do Ofício ensina-nos que o presente timbre modal teve origem no protus. A versão em deuterus, limitada no número de antífonas, chega num segundo momento.

As duas versões melódicas, em transposição hexacordal com cadência final Ré e Mi, compartilham a mesma escala, em dominante Mi e em cadência final Lá. A mudança de modo ocorre na parte grave da melodia (argumentósa desérvit), através da posição diferente dos semitons da corda móvel. Observe-se a seguinte tabela:

(protus)




(deuterus)

LA


MI


SI

sol


re


la

fa


do


sol

mi

← bequadro

si

bemol

fa

re


la


mi

Aqui está a melodia na escritura de Mi, da qual se origina a antífona:

Pois bem, na história do canto gregoriano não há quaisquer vestígios de escritura que na fórmula conclusiva desta antífona, com cadência final Mi (deuterus), tenha sido atribuído o intervalo de semitom do Fá sustenido, para regressar ao contexto melódico original do protus, adoptando então o 3º tom salmódico. Poder-se-á encontrar nas fontes manuscritas uma adaptação melódica para passar da escrita em deuterus àquela de protus; por exemplo, baixando a última frase em um grau melódico: neste caso, em argomentόsa, atacar com fa-fa-mi-do- etc.; mas absolutamente não introduzindo o Fá sustenido na escrita em deuterus em Mi.

O nascimento do deuterus a partir do protus é possível, reiteramos mais uma vez, pelo facto de os dois modos se originarem da mesma escala. A mudança na posição dos semitons na corda móvel no grave não é um facto de “oscilação” e, muito menos, um episódio “cromático”. A escolha de um modo em detrimento de outro, neste caso deuterus ou protus, depende da época da composição, das tradições regionais e, não raro, do neumista, que privilegia ou transcreve os sons do incipit para o espaço e não para a linha da pauta musical. Tudo isto pode constatar-se na análise das grandes «Tabelas» do atelier de Solesmes, elaboradas sob a direção de Dom A. Mocquereau.

Dito isto, vamos ao problema do In. Miserére... conculcávit.
As Tab.759-760 da Édition Critique de Solesmes reportam três diferentes escrituras das fontes manuscritas diastemáticas do referido intróito:
- incipit em Mi, cadência final Mi e 3º tom salmódico: Klo1.76v, Alb.51v;
- incipit em Ré, cadência final Ré e 1º tom salmódico: Ben5,99;
- incipit em Lá-↑Si-bemol, cadência final na nota grave, Lá, e 1º tom salmódico: Sta1.129 e Van2.74v, com a única excepção da nota da sílaba final de bellans.
A coerência entre a escrita e a estrutura modal dos referidos manuscritos dá a versão magis critica da peça. Eis a versão melódica

- em protus


Em Ben5, a dicção melódica do porrectus no acento de bellans é traduzida correctamente com o uníssono (sol-fa-fa) em vez de sol-mi-fa (ambivalência melódica do porrectus).

- em deuterus


A melodia:

A peça constitui-se de duas frases melódicas, cada uma subdividida em dois membros. O primeiro membro (Miserére mihi Dόmine) é representado pela fórmula de entoação completamente "original" de um género melódico silábico e comum aos correspondentes incipits semi-ornamentados de deuterus: cfr. In. Ego clamávi (GT 354), In. Repleátur (GT 246), In. Vocem iucunditátis (GT 229), etc.. Estende-se dentro da quinta modal, repropondo os graus melódicos da fórmula de centonização modal do timbre de protus/deuterus da antífona Cæcília, fámula tua. De todo originais são os três torculus de ornamentação e de preparação aos outros tantos neumas monossónicos de articulação na corda dominante. No topo de cada um deles, as letras do manuscrito de sangalês de Ein visam a sua interpretação agógica: celeriter, no primeiro; celeriter-sursum (s = sustenta) no segundo; sursum, no terceiro.
O segundo membro (quόniam conculcávit me homo) ainda se estrutura na quinta modal com a elevação do acento melódico privilegiado de “concul--vit”.

O primeiro membro da segunda frase (tota die bellans) marca a passagem da quinta para a quarta corda dominante. Os neumas de acento melódico-verbal de die e bellans estão dispostos em progressão melódica descendente, com cadência final na subtónica. No último membro da frase (tribulávit me) a melodia move-se em função da corda estrutural da cadência redundante.

A composição: 

A composição do presente intróito é o resultado da centonização de duas fórmulas ou, melhor, de dois membros de frase, diferentes entre si:


miserére mihi Dόmine

fórmula inicial genérica


quόniam conculcávit me homo

deduzida do contexto composicional de deuterus


tota die bellans

fórmula genérica de ligação intermediária


tribulávit me

deduzida do contexto composicional de protus

Pois bem, a simbiose texto-melodia dos dois citados explica a centonização do nosso intróito:

- quόniam conculcávit me homo tem a mesma estrutura literária que quόniam exaudίsti me, Deus, do In. Ego clamávi (GT 354);

- a conclusão monossilábica de tribulávit me equivale à de vόluit me, do In. Factus est (GT 281).

Duas fórmulas de centonização, provenientes de modos diferentes que contribuem para a formação de uma única peça. Aqui está a versão da peça, na escrita melódica em que se originam os dois modos:

Os manuscritos Van2 e Sta1 utilizaram esta escrita, na versão melódico-modal protus, com o 1º tom salmódico; enquanto Ben5 e Klo1 utilizaram escrita diferente, na versão de transposição hexacordal: a primeira, em cadência final Ré (protus) e 1º tom salmódico; a outra, em cadência final Mi (deuterus) e 3º tom salmódico.

Portanto, as fórmulas de deuterus e protus podem coexistir e concorrer para a formação de uma mesma peça. Na verdade, as notas estruturais e as cordas dominantes (Lá e Sol) são comuns aos dois modos (protusdeuterus); mas cada uma delas tem uma linguagem própria, um vocabulário próprio, representado pelas chamadas notas de ornamentação. Portanto, na versão melódica do Graduale Novum II, na pág. 71, o Fá sustenido introduzido no último membro da frase não é uma transposição hexacordal e muito menos um facto de oscilação, mas sim uma transcrição "material" tout court de uma fórmula [4] da escrita e do contexto compositivo em cadência final Ré para a escrita e o contexto de composição em cadência final Mi. A que propósito? Para poder encaixar a escrita do 3º tom salmódico. Esta operação chama-se: Corruptio optimi pessima!

[4] A fórmula expressa um motivo musical completo do ponto de vista melódico e estruturado numa determinada nota modal de um contexto composicional e rastreável a uma das cordas originárias de Dó (= Fá e Sol, em transposição hexacordal), de Ré (= Lá e Si natural agudo; Sol e Si bemol à terça), de Mi (= Si e meio-tom fixo acima; Lá e Si bemol acima).

Os manuscritos mais representativos da Édition Critique solesmense ensinam que surgiram duas tradições em relação ao intróito em questão. Os três escritos sobre pauta, perfeitamente coerentes entre si, testemunham isso. Poderia tomar-se a versão em deuterus de Klo1, o tradutor de Ein, ou a versão em protus de Ben5, Sta1, Van2. Esta última versão foi, com boa probabilidade, a de maior sucesso para a fórmula do último membro da peça. Isto também pode ser verificado em outros dois manuscritos, como Dij.16 e Clu2.61v, que abaixaram a fórmula final de tribulávit me, trazendo-a de volta ao contexto composicional de protus, com o 1º tom salmódico.

Apraz-me concluir com algumas “notas” manuscritas (30 de março de 1989) de Dom J. Claire:

Influência da escrita
Nas regiões onde mais cedo se escreveu sobre pautas, conservaram-se as versões autênticas (Aquitânia, Benevento). Nas regiões onde mais tarde se usou a pauta, escreveram-se as versões deformadas (Suíça, Baviera, Áustria), donde se explica a estupidez do antifonário suíço [5]. Nas regiões onde se escreveu em neumas (área gregoriana), os cortes passaram-se ​​intactos para a escrita em pauta. Nas regiões onde não havia necessidade alguma de escrever em neumas (ROM, MIL; para Milão, temos testemunhos em neumas), pois que a tradição oral não sofrera qualquer atentado, escreveu-se (em pauta) como se pôde, sem modelo para os cortes tradicionais.

[5] Neste Antifonário, as antífonas em deuterus terminam em Fá em vez de Mi. Hoje é o caso do emprego do Fá sustenido!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

ALBERTO TURCO | Cursos Internacionais | Verão-Outono 2024 | Itália

Canto Gregoriano - corsi estivi internazionali

FARA SABINA (Rieti)
presso il Monastero delle clarisse eremite
8 - 13 luglio 2024

PADOVA
presso l’Abbazia di Santa Giustina
26 - 31 agosto 2024

ROMA
presso il “Seraficum” Collegio francescano dei frati minori conventuali
Via del Serafico, 1
00142 Roma RM


L’ALLELUIA MELISMATICO Origine e sviluppo
25 - 27 ottobre 2024
 - Verona



Per informazioni:
International Association Vox Gregoriana
ia.voxgregoriana@gmail.com
+39 351 8377138

Mais informações em língua portuguesa:

A Associação Internacional Vox Gregoriana tem o prazer de apresentar os Cursos de Fara Sabina e Pádua, agora na sua trigésima edição. Como no ano passado, o curso inclui um triénio fundamental para principiantes, um biénio de especialização para cantores e um “Mestrado Internacional” em interpretação, reservado a maestros e especialistas.

OFERTA QUINQUENAL

- TRIÉNIO FUNDAMENTAL

I. Iniciação ao canto gregoriano
Os cantos da Missa e do Ofício
História da notação musical
A notação quadrada, elementos auxiliares
O neuma, o ritmo, a interpretação
Os tons da salmodia silábica

II. O proto-gregoriano
Recitativos litúrgicos e salmodia pré-octoecos
Repertório anterior e formas litúrgico-musicais precedentes ao séc. IX
Análise estético-modal e datação das melodias

III. Introdução à paleografia
Origem dos neumas: acentos (neuma monossónico)
Modificação dos acentos: episema e liquescência
A combinação básica do sinal de acentos nos neumas fundamentais plurissónicos

- BIÉNIO DE ESPECIALIZAÇÃO

I. Semio-modalidade
O neuma e o modo da palavra cantada, através da análise do agrupamento gráfico (corte neumático) dos elementos sonoros do neuma

II. A interpretação do canto gregoriano
 Os efeitos verbo-modais na escrita neumática e sua interpretação rítmica no "estilo verbal".

MESTRADO INTERNACIONAL

Fara in Sabina: Exposição teórico-prática do ritmo gregoriano: do estilo verbal ao estilo melismático 

Pádua: As festas marianas: origens e difusão do Proprium Missae 

Cada mestrado aceita inscrições limitadas a 10 pessoas, a fim de se executarem as peças propostas. Também se aceitam inscrições de mais participantes, na qualidade de "ouvintes". Tanto a uns como a outros serão fornecidas as peças para estudo, em fotocópia. Texto para estudo: Liber Gradualis I, Pars Festiva.

MATERIAL DIDÁCTICO
Para todos os níveis de aprendizagem, Monsenhor Alberto Turco venderá a preços reduzidos manuais, tratados, cantorais, gravações em CD/DVD, etc. durante a realização do curso.

ACESSOS, ALOJAMENTO, REFEIÇÕES

Fara in Sabina: 8 - 13 de Julho de 2024
Aeroportos de Roma (Fiumicino, Ciampino)
Comboio até à Estação Ferroviária de Fara Sabina (junta à povoação de Passo Corese)
No largo da estação, Autocarro Autolinee Troiani linhas A/B/C ou Cotral, directamente até à povoação de Fara in Sabina (Comune)
Dormidas e refeições no Mosteiro das Clarissas Eremitas, séde do curso

Pádua: 26 - 31 Agosto de 2024
Aeroportos de Milão, Veneza, Bérgamo, Bolonha, Verona, Pádua.
Comboio até à Estação Ferroviária Central de Pádua (Padova)
Largo da estação (a sul), Autocarro ou Eléctrico
Ou Caminhada de 36 minutos a pé atravessando o centro histórico da cidade até Prato della Valle
Dormidas e refeições na Abadia Beneditina de Santa Justina, séde do curso

HORÁRIOS
Início às 15h30 de 2ª feira, conclusão ao almoço de Sábado
Aulas e ensaios durante a manhã e tarde para todos os grupos
Na 6ª Feira, concerto e Missa de encerramento

CUSTOS
Transferência bancária: Inscrição 45€
No local: Curso 110€ / Masters 160€ / Alojamento e refeições 50€/dia

INSCRIÇÕES
Cada participante deverá contactar a Associação Internacional Vox Gregoriana através de correio-electrónico, facebook, ou whatsapp +393518377138, e facultar os seguintes dados:

FORMULÁRIO DE APLICAÇÃO
Sobrenome____________________________________
Primeiro nome_________________________________
Nacionalidade_________________________________
Rua___________________________________________
Código Postal / Cidade__________________________
Província_____________________________________
Tel. _________________ celular. __________________
E-mail_______________________________________
Inscrevo-me no seguinte curso:
TRÊS ANOS FUNDAMENTAIS
I. Iniciação ao canto gregoriano __
II. O proto-gregoriano __
III. Introdução à paleografia __
ESPECIALIZAÇÃO DE DOIS ANOS
I. Semio-modalidade __
II. A interpretação __
MESTRADO INTERNACIONAL
Efectivo __ Ouvinte __

domingo, 29 de novembro de 2020

Descoberta de nova edição do Enchiridium Missarum Sollemnium de João Dias

Contarei aqui um caso que nos tem entretido nos últimos tempos, desde Maio de 2019 quando o amigo português de Olivença José António González Carrillo me mostrou umas fotografias dum cantoral impresso e por ele adquirido uns anos antes na Feira da Ladra aquando duma sua visita a Lisboa: 


Crédito: José António González Carrilho.

O exemplar deste amigo encontra-se, e já se encontrava à data da compra, amputado da sua encadernação original, assim como dos fólios iniciais contendo os título e autor, data e local de imprensa, licenças, dedicatórias e índice; tão-pouco se encontrou qualquer colofão, e o final do livro mostra-se incompleto (verso do fólio 180, erradamente paginado com 160, com a sequência Dies irae da Missa pro defunctis). Tratava-se, portanto, de um livro de cantochão por identificar, impresso a duas cores (rubrum para as rubricas e pentagrama, nigrum para os restantes elementos), com cânticos gregorianos de vésperas e missas das principais festas e solenidades do ano litúrgico. O caro leitor poderá consultar todo o livro graças à generosidade do seu proprietário que o fotografou por inteiro.

Chamou-me à atenção a nota manuscrita neste primeiro fólio, onde se podem ler as palavras Liberal Sampaio: provavelmente um anterior proprietário. Através duma pesquisa na internet, rapidamente chegámos ao blog Outeiro Seco - A Quem Interesse, da autoria de Humberto Ferreira, assim como às Velharias do Dr. Luís Montalvão, que confirmaram ser esta anotação uma assinatura do Doutor Liberal Sampaio, influente figura do Norte Português, mais concretamente de Chaves, na transição entre os séculos XIX e XX. A assinatura presente no cantoral comparada com a de outros documentos da autoria do Padre Liberal Sampaio prova que este foi o seu proprietário há cerca de 100 anos.

Exemplo de caligrafia do Pe. Liberal Sampaio.
Crédito: Luís Montalvão.

Adicional prova de que o livro pertenceu ao ilustre Doutor está no título "Cantochão" em caligrafia mais moderna coincidente com a cota 1281 da 2ª página do catálogo realizado postumamente pelos herdeiros do Sacerdote, cota esta com o mesmo exacto título, sem informações de autor nem data ou local de publicação, e colocada na secção Assuntos Teológicos.

Topo da folha de rosto do cantoral descoberto.
Crédito: JAGC.

 

Excerto do catálogo da biblioteca do solar dos Montalvões.
Crédito: LM.

 

À data da última transacção, o exemplar não possuía qualquer cota.
Crédito: JAGC.

Mas quem fôra, afinal, Liberal Sampaio? José Rodrigues Liberal Sampaio nasceu a 29 de Julho de 1846 em Sarraquinhos, concelho de Montalegre. Foi pároco do Outeiro Seco, no concelho de Chaves, onde viveu a maior parte da sua vida. De 1886 a 1891 estudou em Coimbra com excelente aproveitamento académico. Nas palavras de Luís Montalvão, seu trisneto e biógrafo, Liberal Sampaio "era um homem muito culto, formado em teologia e direito, colaborador regular na imprensa periódica flaviense, numismata, bibliófilo e fazia parte da extensa rede de colaboradores de José Leite de Vasconcelos, que o informavam de tudo o que existisse de interesse arqueológico e etnológico em cada parte do País." Granjeou fama de grandíssimo orador, tendo sido honrado por Sua Majestade com o título de pregador da Casa Real. Fundou um colégio que ensinou muitos notáveis, projectou uma Biblioteca Municipal e um Museu Regional em Chaves, e acumulou várias centenas de livros na biblioteca da sua residência no solar dos Montalvões em Outeiro Seco. Manteve-se sempre activo intelectualmente, tendo falecido no dia 29 de Outubro de 1935, aos 89 anos de idade.

O padre José Rodrigues Liberal Sampaio, no momento da sua formatura.
Foto de J. M. Santos, Phot. Conimbricense. Crédito: LM.


Fachada poente do solar da família Montalvão, em Outeiro Seco, Chaves.
A biblioteca corresponderia às três grandes janelas no primeiro plano. Crédito: LM.



José Maria Ferreira Montalvão (filho de Liberal Sampaio) na biblioteca da família.
Podem ver-se todos os livros cotados. Crédito: LM.


A personalidade idónea de Liberal Sampaio faz-nos crer que o livro tenha chegado à sua posse já amputado dos elementos identificativos de que actualmente carece, não sendo impossível que tenha sido ele mesmo o responsável pela actual encadernação. Contudo, nada sabemos acerca de quando, onde, ou como o livro tenha sido por ele adquirido, nem que uso este lhe deu durante a sua vida. Seja como fôr, o cantoral foi vendido nos anos 80 (juntamente com a restante biblioteca do solar dos Montalvões) a um alfarrabista em Lisboa, o qual por sua vez o terá revendido, e nalgum momento a respectiva cota (se é que chegou a ser acrescentada ao livro) terá sido retirada. Finalmente, na última década, este precioso exemplar foi comprado por José António González Carrilho na Feira da Ladra em Lisboa e daí levado para Olivença.

Pois bem, na nossa busca por qual seria esta edição, fomos ao sítio da Biblioteca Nacional Digital, à procura de algum exemplar semelhante que nos pudesse dar mais informações. Fomos felizes, em que encontrámos algo muito semelhante!


Crédito: BND.
 
As semelhanças são muitas, parecendo o exemplar da BND uma edição mais antiga que a de Olivença. Na verdade, trata-se de duas edições do Enchiridium Missarum Sollemnium et Votivarum cum vesperis, do Padre João Dias, impresso e reimpresso em Coimbra em finais do século XVI e princípios do XVII.
 
A palavra latina Enchiridium vem do grego ἐγχειρίδιος que significa livro manual; usou-se para designar uma colectânea de utilidades, habitualmente incompleta mas essencial, sobre determinado assunto. Por exemplo, Sexto Pompónio coligiu um inquirídio sobre leis romanas; Santo Agostinho sobre as três virtudes teologais da fé, esperança e caridade; e Erasmo de Roterdão sobre as virtudes do soldado cristão. No nosso caso, trata-se duma colecção com os cantoschãos mais importantes do ano, isto é das Missas e Vésperas das principais festas litúrgicas do ano, segundo o rito romano reformado pelo Concílio de Trento, em Portugal.
 
Terá sido um género muito divulgado em Portugal a partir da chegada da imprensa e sua aplicação à música. O padre e bilioteconomista português Diogo Barbosa de Machado em meados do século XVIII na sua monumental Bibliotheca lusitana recolhe para além do do Padre João Dias (vol.II, p.650) também outro entretanto perdido: 

 Também Matias de Sousa Villalobos imprimiu o seu, no final do século XVII:
 
https://digitalis-dsp.uc.pt/bg1/UCBG-MI-150/UCBG-MI-150_master/UCBG-MI-150_JPG/UCBG-MI-150_JPG_24-C-R0100/UCBG-MI-150_0013_1_t24-C-R0100.jpg
Note-se a semelhança com os outros dois fólios mostrados acima.
Crédito: BGUC.


Sobre esta última edição, Ernesto Vieira, no seu Diccionario Bibliograpico de Muzicos Portuguezes, refere que seria "egual ao de outras idênticas" (vol. II, pp.402-406).
 
A importância deste tipo de publicações prende-se não apenas com o estudo da prática do cantochão eclesiástico mas também da polifonia ("canto-d'órgão") com a qual se relacionava intimamente. O investigador Rui Cabral, p.ex., em artigo publicado na Revista Portuguesa de Musicologia de 1996, sugere que o Mestre Manuel Mendes poderia ter tomada a melodia do Kyrie pro defunctis do Enchiridium de João Dias para compôr a última secção do Kyrie da sua Missa polifónica de defuntos. O mesmo trabalho refere ter-se então conhecimento apenas das edições de 1580 e 1585 do Enchiridium, nas quais aliás a sequência Dies irae se não encontra, contrariamente à versão em Olivença:


Verso do antepenúltimo e rosto do último fólios sobreviventes do exemplar do Enchiridium em Olivença. Crédito: JAGC. 
 
Colocámos assim a questão ao investigador e especialista na matéria, o Prof. José Abreu, que muito gentilmente em correspondência privada nos garantiu ser o exemplar de Olivença uma reedição do Enchiridium de João Dias, nomeadamente mais tardia que os exemplares conhecidos de 1609 (site da Biblioteca Nacional Digital e reservados da Biblioteca Municipal do Porto) e de 1621 (Universidade de Évora), sendo provavelmente muito próxima desta última.

Gostaríamos, portanto, de deixar estas informações ao cuidado da musicologia nacional e internacional, a fim de mais estimular o estudo e o avanço da ciência assim como da preservação e desenvolvimento do património.
 
Um agradecimento sentido a todos os envolvidos, sobretudo ao José António González Carrilho por partilhar a sua colecção privada, ao Luís Montalvão por partilhar a sua história familiar, e ao José Abreu por partilhar o seu trabalho académico: que todos um grande Bem hajam!

*

P.s.: Na sequência desta descoberta o Dr. Luís Montalvão publicou um interessante artigo cuja leitura se recomenda vivamente e no qual desenvolve o assunto do solar senhorial do Outeiro Seco e respectiva importância para a cultura nacional.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Sequência portuguesa "Terra, exulta de alegria"

Nota prévia: para a correcta interpretação do canto gregoriano, recomendam-se os cursos com o maestro Alberto Turco.

É particularmente feliz o Missal de língua portuguesa na tradução da sequência para a Solenidade dos Santíssimos Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, mais conhecida por Corpo de Deus:

Terra, exulta de alegria,
Louva o teu pastor e guia,
Com teus hinos, tua voz.

Quanto possas tanto ouses,
Em louvá-l’O não repouses:
Sempre excede o teu louvor.

Hoje a Igreja te convida:
O pão vivo que dá vida
Vem com ela celebrar.

Este pão – que o mundo creia –
Por Jesus na santa Ceia
Foi entregue aos que escolheu.

Eis o pão que os Anjos comem
Transformado em pão do homem;
Só os filhos o consomem:
Não será lançado aos cães.

Em sinais prefigurado,
Por Abraão imolado,
No cordeiro aos pais foi dado,
No deserto foi maná.

Bom pastor, pão da verdade,
Tende de nós piedade,
Conservai-nos na unidade,
Extingui nossa orfandade
E conduzi-nos ao Pai.

Aos mortais dando comida,
Dais também o pão da vida:
Que a família assim nutrida
Seja um dia reunida
Aos convivas lá do Céu.


Não apenas traduz o sentido do original latino como também obedece à mesma estrutura métrica e estrófica, podendo portanto cantar-se com a exacta melodia gregoriana Lauda Sion salvatorem...




Foi o que se fez na seguinte partitura, que fica livre para descarga (PDF):

Curiosamente a versão latina é bem mais longa, tendo 24 estrofes em vez destas 7, o que explica a nota do Leccionário, certamente traduzida de uma edição vaticana:

Esta sequência é facultativa e pode dizer-se na íntegra ou em forma mais breve, isto é, desde as palavras: Eis o pão...

Eis aqui a mesma nota no Ordo cantus Missae (1988) para a forma ordinária do rito romano:

Na qual já agora pode ler-se que a sequência deve ser lida após ("post") a Alleluia. Na verdade, isto aplica-se a todas as sequências no rito romano (cfr. ponto 8 da secção II das praenotanda do mesmo Ordo), uma vez que na sua origem eram tropos acrescentados ao fim (do verso) da Aleluia.


Saiba mais sobre os cânticos do Corpus Christi.

domingo, 25 de novembro de 2018

2ªs Vésperas Solenes do 1º Domingo do Advento / Dominica I Adventus Ad II Vesperas Sollemnes

Recursos para o canto da hora em epígrafe com Presbítero a partir de reportório histórico português, na forma ordinária do rito romano. Celebração em idioma misto, com alguns cânticos em português, outros em latim, conforme se achou conveniente.
  • Partes para o côro, para impressão em formato grande (A3 ou maior) em exemplar único para todo o côro (PDF)
    Faltam aqui os textos dos salmos para as 1ª e 2ª antífonas assim como a do Magnificat, pois inicialmente havíamos previsto cantá-los em Latim; podem portanto cantar-se a partir da edição do Secretariado Nacional da Liturgia; no cântico da 3ª antífona, faltam uma ou outra aleluia no Gloria Patri que facilmente se podem acrescentar à mão depois da impressão.
  • Partes para o sacerdote celebrante (PDF)
    Aqui tentámos recuperar a tradição veiculada em Talésio (pág. 108) de o Celebrante "alevantar" (iniciar) as antífonas 1ª e de Magnificat; dá-se igualmente os tons do Pater noster e Benedicamus Domino próprios da L.H. nos Domingos de Advento.
  • Traduções para o pôvo (PDF)
    Apenas dos cânticos em latim, para permitir a compreensão de todos.
Um agradecimento ao grupo de discussão dos Ofício Divino e Breviário pela ajuda.

FICHA TÉCNICA
Dominica I Adventus Ad II Vesperas Sollemnes
2-12-2018

Textos portugueses: cfr. http://www.liturgia.pt/lh/
Ordinário: http://www.liturgia.pt/lh/pdf/1200Ordinario.pdf
1º Domingo do Advento: http://www.liturgia.pt/lh/pdf/012AdvDomI-III.pdf
1º Domingo do Saltério: http://www.liturgia.pt/lh/pdf/080101DomI.pdf



Excerto do tratado Arte de canto chão do Mestre Pedro Talésio (1618).


Melodia do Hino: http://pemdatabase.eu/musical-item/16992
Outras melodias (não utilizadas) para a mesma métrica:
http://pemdatabase.eu/musical-item/19664
http://pemdatabase.eu/musical-item/17459
http://pemdatabase.eu/musical-item/17806
http://pemdatabase.eu/musical-item/17575
http://pemdatabase.eu/musical-item/16943
http://pemdatabase.eu/musical-item/17483

Em vez do hino que por lapso se retirou do I Domingo do Saltério, pode cantar-se este mais próprio do Advento:



1ª Antiphona: Jucundare filia Sion http://pemdatabase.eu/musical-item/25169
Tom salmódico: Talésio p.57 http://www.purl.pt/72



2ª Antíphona: Rex noster http://pemdatabase.eu/musical-item/9020
Tom salmódico: Talésio p.63 ibidem (próprio para o salmo In exitu Israel)



3ª Antíphona: Ecce venio cito http://www.e-codices.unifr.ch/en/fcc/0002/5v
Tom salmódico: Talésio p.60
Tom do cântico aleluítico na edição típica da L.H. na F.O. fotografado pelo Mestre Ján Janovčík:




Leitura: Talésio p.91,87

Responsório breve: Ostende http://pemdatabase.eu/musical-item/8585
Gloria Patri: Talésio p.77

Ant.Mag.: Ne timeas Maria http://pemdatabase.eu/musical-item/9051
Tom do Magnificat: Martins p.68 http://purl.pt/17344/1/index.html#/68/html



Preces para as Vésperas: http://www.liturgia.pt/lh/pdf/1102PrecesVesperas.pdf
Refrão das Preces: https://archive.org/stream/processionariumm00cath#page/223/mode/1up

Pater noster: Talésio p.111

Bênçãos de Advento: http://www.liturgia.pt/lh/pdf/1104FormBenLauVes.pdf

Conclusão: cfr. http://pemdatabase.eu/musical-item/15999
Canon do Amen: http://digital.slub-dresden.de/werkansicht/dlf/90201/10/

Benedicamus Domino: Talésio p.106


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