A Orquestra e Coro do Teatro da Ópera de Roma, dirigidos respectivamente pelo maestro Riccardo Muti e pelo Maestro Roberto Gabbiani, executaram o Magnificat em Sol menor, RV 611, de Antonio Vivaldi, e o Stabat Mater e o Te Deum das Quatro Peças Sacras de Giuseppe Verdi.
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O Magnificat [de Antonio Vivaldi] que ouvimos é o cântico de louvor de Maria e de todos os humildes de coração, que reconhecem e celebram com alegria e gratidão a ação de Deus na sua vida e na história. Deus tem um "estilo" diferente do estilo do homem, porque ele se coloca ao lado do homem para lhe dar esperança. E a música de Vivaldi expressa o louvor, a exultação, a gratidão e também a admiração diante da obra de Deus, com uma extraordinária riqueza de sentimentos: do solene coral no início, no qual se encontra toda a Igreja que venera o Senhor, até ao "Et exultavit" e ao belíssimo coral do "Et misericordia", onde a música pousa com ousadas harmonias, ricas de modulações inesperadas, que nos convidam a meditar sobre a misericórdia do Deus fiel, que se estende a todas as gerações.
O Magnificat [de Antonio Vivaldi] que ouvimos é o cântico de louvor de Maria e de todos os humildes de coração, que reconhecem e celebram com alegria e gratidão a ação de Deus na sua vida e na história. Deus tem um "estilo" diferente do estilo do homem, porque ele se coloca ao lado do homem para lhe dar esperança. E a música de Vivaldi expressa o louvor, a exultação, a gratidão e também a admiração diante da obra de Deus, com uma extraordinária riqueza de sentimentos: do solene coral no início, no qual se encontra toda a Igreja que venera o Senhor, até ao "Et exultavit" e ao belíssimo coral do "Et misericordia", onde a música pousa com ousadas harmonias, ricas de modulações inesperadas, que nos convidam a meditar sobre a misericórdia do Deus fiel, que se estende a todas as gerações.
Já com as duas peças sacras de Giuseppe Verdi, que escutamos, o registro é outro: nos deparamos com a dor de Maria ao pé da cruz. Stabat Mater dolorosa. O grande compositor italiano, assim como tinha manifestado a tragédia de tantos personagens em suas obras, aqui penetra no drama de Maria, que contempla o Filho na cruz. A música se torna mais essencial, quase "agarrando-se" às palavras para expressar da maneira mais intensa possível o seu conteúdo, numa vasta gama de sentimentos. Basta pensar no doloroso sentimento de "piedade" com que a sequência começa; no dramático "Pro peccatis suae gentis"; no sussurrado "dum emisit spiritum"; nas invocações corais carregadas de emoção, mas também de serenidade, dirigidas a Maria, "fons amoris", para podermos compartilhar da sua dor de mãe e fazer os nossos corações arderem de amor por Cristo, até a última estrofe, súplica intensa e poderosa a Deus para que a alma receba a glória do Paraíso, aspiração última da humanidade.
O Te Deum também é um subseguir-se de contrastes, mas o foco de Verdi no texto sagrado oferece uma interpretação diferente da tradição. Ele não vê tanto o canto de vitórias e de coroações, mas uma sucessão de situações: a euforia inicial, "Te Deum", "Sanctus"; a contemplação do Cristo encarnado, que liberta e abre o Reino dos Céus; a invocação ao "Judex Venturus" para que tenha misericórdia e, finalmente, o grito repetido pelo soprano e pelo coro, "In te, Domine, speravi", que fecha a peça, quase um pedido do próprio Verdi de esperança e luz no último trecho da vida. As peças que ouvimos esta noite são as últimas duas composições escritas pelo autor, não destinadas à publicação, mas escritas para si próprio. Mais ainda: ele queria ter sido sepultado com a partitura do Te Deum.
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